Já são 15 dias sem jogos oficiais, amistosos e sequer coletivos. Como é de hábito em toda época isolada de treinamento - seja pré-temporada ou intertemporada -, os testes físicos e as atividades de fundamento e repetição de jogadas têm preferência nesse período em São Januário. No entanto, para amenizar a saudade das partidas e até para motivar mais os jogadores, o método de treinamento de Paulo Autuori agrada aos jogadores. Em quase todos momentos, seja em exercícios de resistência ou em circuitos pelo gramado, os vascaínos trabalham com a bola.
O meia Fillipe Soutto, um dos que mais têm e requerem a atenção do treinador do Vasco, aprova totalmente a forma de treinamento de Autuori. Para ele, o técnico é diferente de todos com quem trabalhou até agora.
- Treino com bola é muito melhor, primeiro, porque a gente está fazendo o que gosta independentemente da forma como o treino está sendo praticado. Ao conduzir a bola e correr, esse exercício físico se aproxima mais do jogo do que um treino físico qualquer - diz Soutto, um dos destaques na avaliação física realizada esta semana.
O preparador físico Gilvan Santos é quem, normalmente, organiza os cones, as bandeirinhas e faz os desenhos dos circuitos no gramado. No último sábado, os atletas tinham que percorrer um caminho com a bola e passar a certa distância entre cones, para buscá-la mais à frente, sempre com a comissão técnica exigindo velocidade e potência na atividade.
- Além de ser um pouco chato, exercício físico como dar tiros sem bola, dar voltas no gramado, essas coisas, às vezes não dá o efeito esperado. Creio que isso ficou um pouco ultrapassado - opina o cabeça de área do Vasco Fillipe Soutto, que admite a ansiedade em chegar logo a data de estreia do Campeonato Brasileiro.
Se depender dos esforços da diretoria, a falta de partidas oficiais tem um dia a menos, já que o jogo contra a Portuguesa, dia 26, pode ser antecipado em um dia.
- Principalmente para mim, que não estava jogando direto, existe sim a vontade de jogar logo. O Brasileiro é um campeonato que todo mundo quer atuar, muito disputado, que exige atenção, concentração, força, para manter a regularidade. Treinar é bom, mas jogar é muito melhor - define o jogador do Vasco.