Márcio Cazorla, hoje treinador de goleiros do Vasco, elogia Carlos Germano e prevê camisa 1 da base

Carlos Germano é o primeiro nome que vem na cabeça da maioria dos torcedores quando se fala em goleiro campeão da Taça Libertadores da América pelo Vasco. O reconhecimento é mais do que merecido, pois durante sua trajetória em São Januário, Germano honrou e salvou o cruzmaltino muitas vezes. Apesar disso, outro arqueiro também pode bater no peito e dizer que fez parte do elenco vascaíno campeão da América em 98.

Atualmente com 42 anos de idade, Márcio Cazorla foi reserva durante a competição. Com mais de cem jogos disputados pelo Gigante da Colina, o gaúcho investiu na profissão de preparador de goleiros após encerrar a carreira. A escolha fez com que ele retornasse ao cruzmaltino em 2008 para trabalhar nas categorias de base. A promoção ao time profissional aconteceu no início de 2012, período que Carlos Germano precisou passar por uma cirurgia e foi obrigado a se afastar da comissão técnica:

- O que mais facilitou essa minha transição foi o relacionamento que eu já tinha com o Carlos Germano. Mesmo quando eu estava no juniores, a gente estava sempre em contato e conversando. Eu sempre procurava observar o trabalho dele. Hoje faço o mesmo com o Marcelo Pires, que está sempre em contato conosco. A gente tinha um relacionamento quase que diário, além da nossa amizade construída nos tempos em que a gente era jogador. Chegamos a morar juntos. Essa relação facilitou bastante para que eu pudesse dar continuidade ao trabalho do Carlos Germano no período em que ele se ausentou. Essa amizade que a gente já tinha foi um facilitador. O Carlos Germano esteve sempre me orientando apesar de ter sido obrigado a passar por uma operação. A gente sempre se falava com o telefone e isso, como disse, ajudou a dar continuidade ao trabalho. Foi importante também a recepção do Fernando Prass, do Alessandro e do Diogo Silva. Todos eles me receberam bem e me ajudaram bastante nesse período que eu substitui o Germano. Queria dizer que sou muito grato ao Germano pela oportunidade que ele me deu. Hoje estou junto com ele no diariamente lapidando esses garotos - disse ao "Só dá Base".

Conforme relatado, Márcio hoje trabalha ao lado de Carlos Germano como preparador de goleiros do time profissional. Apesar da fase ruim vivida pelo time de São Januário, Cazorla garante que o ambiente de trabalho é excelente. Isso acontece, segundo ele, por conta da personalidade dos goleiros que hoje integram o elenco vascaíno:

- Nosso ambiente é ótimo. Procuramos agir sempre com honestidade e de uma forma correta. O Germano está sempre conversando com eles. Não temos nada para esconder deles e tudo no Vasco é feito às claras. São três goleiros que possuem caráter, são três homens de caráter. O Alessandro, o Michel e o Diogo são sensacionais diariamente e nos ajudam bastante no trabalho. Eles estão sempre dispostos a executar o trabalho que é passado pelo Germano. Eles ajudam muito nesse sentido de querer trabalhar e gostar de trabalhar. Os três possuem qualidade. O Diogo não teve oportunidade ainda, mas tem demonstrado nos treinamentos que possui uma qualidade muito grande. É questão de ter oportunidade de jogar e segurar a chance - afirmou ao "Só dá Base".

Assim como a grande maioria dos vascaínos, Márcio sonha em ver novamente um goleiro formado na Colina usando a camisa 1. Segundo ele, esse desejo está perto de ser realizado, pois atualmente o Vasco possui excelentes arqueiros em sua base:

- Gostaria de dizer para o torcedor que temos trabalhado diariamente junto com o Marcelo Pires, o Paulo Vinícius, o Guilherme Almeida e os demais preparadores com o objetivo de padronizar o trabalho e descobrir um novo camisa 1 para o Vasco. Com certeza teremos num futuro próximo um camisa 1 formado em São Januário. Estamos trabalhando forte. Garanto a torcida que em breve teremos um camisa 1 vindo da base de qualidade no time profissional - declarou ao "Só dá Base".