Nado, ponta-direita do Vasco na década de 60, morre aos 74 anos

O centro de treinamento do Náutico amanheceu triste na manhã desta sexta-feira com a notícia do falecimento do ex-jogador Nado, hexacampeão pernambucano pelo Timbu. Há quase um mês, Nado visitou o CT para prestigiar o lateral-esquerdo Douglas Santos, convocado por Felipão para a Seleção Brasileira.

- A camisa que ele me deu naquela visita após eu ser convocado por Felipão está no meu guarda-roupa. E eu peguei nela e me perguntei o porquê de estar pegando naquela camisa. Deus sabe tudo. Acho que foi um aperto de mão a Nado e eu não sabia - comentou Douglas, ao site oficial do clube.

Nado foi o primeiro jogador convocado para a Seleção enquanto defendia um clube do nordeste, em 1966. Aos 74 anos, o ex-atacante deixou palavras que Douglas garante não esquecer jamais.

- O que ele me disse eu nunca vou me esquecer. Foram palavras sábias e verdadeiras. Só peço a Deus que dê conforto a alma dele - completou o lateral-esquerdo.

Em luto a Nado, os jogadores do Timbu usarão uma fita preta no braço e uma faixa de agradecimento ao ex-jogador no duelo deste sábado contra o Ypiranga, na disputa pelo terceiro lugar do Pernambucano.

- A gente espera jogar bem e agradecer a ele por tudo o que fez, por ter feito parte da geração do hexa. É um orgulho para todos nós - declarou o jogador.

Nado é um dos maiores ídolos da torcida alvirrubra, junto com seu irmão Bida, falecido em 1992, o maior artilheiro da história do clube com 223 gols. Quando defendeu o Vasco da Gama, Nado foi eleito o melhor ponta-direira do Campeonato Carioca em 1966. Pelo Alvirrubro, disputou 248 jogos e marcou 40 gols. A baixa estatura lhe rendeu o apelido de pequeno polegar dos Aflitos.