O meia Bernardo não apareceu em São Januário para a reapresentação do Vasco. Porém, esteve na tarde desta segunda-feira na 21ª DP (Bonsucesso) para prestar depoimento sobre a tortura aplicada por traficantes do Complexo da Maré na última semana.
Bernardo esteve acompanhado por dois advogados e conversou com o delegado José Pedro da Costa para explicar os fatos ocorridos na comunidade. O titular da delegacia foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos contatos em seu telefone celular.
O jogador estava fora do Rio de Janeiro e revelou a amigos o temor por retornar ao local no qual reside em razão de possíveis represálias.
Segundo a Polícia, o meia do Vasco foi amarrado, torturado e atingido por socos e pontapés no dia 21 deste mês. Ele teria se relacionado com a mulher de um dos líderes do tráfico na comunidade, Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P. A mulher que se envolveu com Bernardo é Dayana Rodrigues, uma das namoradas do bandido.
Bernardo negou ter sido espancado, mas confirmou a amigos que foi colocado em um carro pelos bandidos e sofreu tortura psicológica. O atleta foi ameaçado de morte e levou tapas no rosto. Ele tem cirurgia marcada no joelho esquerdo para a próxima quarta-feira.
Já Dayana levou cinco tiros nas pernas de acordo com os policiais. Outros dois disparos atingiram a mulher de raspão. Ela foi internada no hospital Souza Aguiar. Aquiles de Abreu Rodrigues, de 56 anos, pai da jovem, negou o relacionamento dela com Bernardo. O aposentado chamou o jogador de “covarde” e “safado” por ter confirmado a suposta mentira do envolvimento com Dayana frente aos bandidos do Complexo da Maré.
Fonte: UOL