TORCEDORES SÍMBOLO 1922: PARADANTAS
Aliás, foi o Vasco, em 1922, que teve o seu primeiro “Chefe de Torcida” em destaque. De acordo com o jornalista e historiador do futebol, Geraldo Romualdo da Silva, um jovem de nome José Paradantas Filho havia sido o primeiro, um “desinibido” caixa do Banco Ultramarino, responsável por fabricar uma bandeira gigante, carregada por ele e sua “grei” aonde quer que o Vasco fosse.
Em 1934 Paradantas tornou Secretário do Vasco, foi uma grande aquisição, é um Vascaíno de fibra e qualidade.
Casado com Dona Emília e dessa união tiveram uma filha Gertrudes.
TORCEDORES SÍMBOLOS 1930: POLAR
Na década de 1930, apareceu o segundo líder Vascaíno, Afonso Silva, o Polar, assim apelidado em alusão a uma marca de sorvete por ele mesmo lançada, era um “mulato majestoso e bem vestido”, que se postava à frente das cadeiras sociais de São Januário, com sua bengala de junco empunhada à maneira dos jogos de rúgbi e baseball norte-americanos, tal como exibiam as fitas das salas de cinema na época. Esteve em tal condição até o concurso de Embaixador e de Embaixatriz para a Copa do Mundo de 1930, quando perdeu a eleição na categoria masculina para Oswaldo Menezes, do Flamengo, que não chegava a ser Chefe de Torcida.
Polar se meteu a Chefe de Torcida do Vasco. Nem todo mundo, em São Januário, gostou daquilo. O Polar, um reclamista, Chefe de Torcida. Durante a semana o Polar andava pelo meio da rua, um dia era o Soldado do Flip, outro era o Frankenstein, outro era o Corcunda de Notre Dame. No domingo vestia-se de branco, com uma camisa bem apertada no peito, ia para a pista de São Januário. E lá de baixo mandava, com um vozeirão de camelô, todo mundo gritar Vasco. Se muita gente não gostava de obedecer ao Polar, quem era o Polar para dar ordens?
João de Lucca gostava. Para onde o Polar ia, ele ia. Se o Polar era o Chefe da Torcida, ele era o Sub-Chefe.
Polar, aliás, considerava o João de Lucca como uma espécie de Sub-Chefe.
O Polar tinha treinado a voz. Era speaker das lutas de boxe do Estádio Brasil. Quando ele, no meio do ring, gritava o nome, a nacionalidade, a categoria e o peso de um boxeur, quem estava no último degrau das gerais, lá em cima, ficavam com os ouvidos doendo. Ele não precisava de megafone. Com ele era no peito. Os torcedores das cadeiras numeradas tinham que tampar os ouvidos. Por isso quando ia comandar a Torcida do Vasco, o Polar ficava na pista de atletismo de longe.
E parecia que uma porção de gente estava gritando. Era ele, era o João de Lucca, era uma meia dúzia de Vascaínos.
João de Lucca ficava logo sem voz, mas continuava a abrir e fechar a boca.
A voz do Polar chegava para os dois. Um dia os Vascaínos se acostumaram com o Polar.
Já havia Vascaínos de dinheiro que simpatizavam com ele.
“Passe lá por casa, eu tenho uns anúncios pra você”. O Polar passava pela casa do Vascaíno, arranjava mais propaganda. Não andava pela rua só de tarde, como antigamente. Era o dia todo.
A gente via o Polar com uma roupa, daqui a pouco ele estava com outra roupa. Parecia um Fregoli. Também morava na Cidade. Era só dobrar a esquina, mudar de roupa e voltar para a rua.
Fonte: Jornal Globo Sportivo 09 de Setembro de 1948
TORCEDORES SÍMBOLOS 1930: JOÃO DE LUCCA
João de Lucca, que conduziu a Torcida nos anos 1930, 40 e 50. um torcedor “alto e de voz mansa”, que não teve a mesma projeção dos anteriores. Expansivo, como bom descendente de Italianos, ia para arquibancada de megafone em punho animar a massa. Morreu na década de 1960 como Benemérito do Vasco (O Clube Como Vontade e Representação: O Jornalismo Esportivo e a Formação das Torcidas Organizadas de Futebol do Rio de Janeiro de Bernardo Borges Buarque de Hollanda, Editora 7 Letras)
TORCEDORES SÍMBOLOS 1930: OLYMPIO PIO DOS SANTOS
Sempre ao lado de seu companheiro, João de Lucca na década de 1930 e 40, era carinhosamente chamado de Secretário.
Casado com Adélia Conceição e Souza
Fonte: Blog Torcidas do Vasco