O vascaíno deve reconhecer essa figura aí. O Homem-Peruca descobriu o melhor lugar em São Januário para ser filmado pelas câmeras da TV. Assim, em todas as transmissões ele aparece. Em todas mesmo, porque, fanático, o cara não perde um jogo. Mas, e agora que o Vasco vai ficar mais de um mês sem jogar?
Para ele, não tem tempo ruim. Se não tem partidas do time principal, vai as categorias de base mesmo:
- Vou assistir até o futsal.
Programas culturais com vascaínos também vale. Na última semana, ele foi assistir o Marcos Veras e recomenda:
- Ele é sensacional. Vale a pena. Fui lá e até falei com ele. O Fábio Porchat é outro vascaíno e é muito engraçado também - indicou.
Personagem por acaso
A identidade (nada) secreta do Homem-Peruca é o empresário Carlos Alexandre Vilela, de 32 anos. Casado, pai de um menino e dono de uma loja de malas em Copacabana, o torcedor (que já virou figura conhecida na torcida cruzmaltina) diz que criou o personagem sem querer.
Em 2010, ele comprou a peruca antes de um jogo em São Januário. A peça, com as trancinhas de Carlos Alberto, era presente pro filho. Como não tinha onde guardar, colocou na cabeça. Por acaso, ele tinha escolhido um lugar novo naquele dia, foi filmado pelas câmeras, e o pessoal gostou.
- Na época era o Orkut. Aí tinha gente falando: "Quem viu o gordinho de peruca na TV?" E aí ficou - conta o torcedor, que não perde o bom humor nem nesse momento de crise do Vasco.
Com o tempo, ele usou a popularidade para também protestar contra a crise do time. Com um tablet, passou a escrever mensagens:
- O Dinamite como jogador foi ídolo. Mas decepcionou como presidente.
Pro momento ruim passar, ele espera um patrocínio bom, mas não perde o otimismo:
- Tem que acreditar sempre nesse time!