O presente de Carlos Alberto não condiz com o passado. O futuro, então, nem se fala. Aos 28 anos, o jogador que já custou R$ 38 milhões é hoje avaliado pelo site alemão Transfermarkt em R$ 2,6 milhões e caminha para ficar sem contrato com clube algum em agosto, situação inédita na carreira. No Vasco, a renovação com o camisa 10 é considerada hipótese remota e o meia já leu os sinais dados pela diretoria da Colina. Sob ameaça de ser suspenso por até dois anos por doping, o jogador que já foi chamado de craque vive seus dias mais difíceis no futebol.
Em meio a tantas indefinições, Carlos Alberto tenta manter a tranquilidade. Mas até hoje ele aguarda uma nova reunião com René Simões para discutirem a renovação. Procurado durante a Taça Guanabara, pediu para tocarem no assunto depois. Atualmente, é capaz de que esteja arrependido. De lá para cá, cresceu no Vasco a corrente que considera mantê-lo um mau negócio. Hoje, é maioria.
A situação não lembra em nada o que acontecia com o jogador anos atrás. Em valores já corrigidos pela inflação no período, Carlos Alberto custou R$ 13,2 milhões ao Porto, que o vendeu para o Corinthians, via MSI, por R$ 38 milhões. Depois, o Werder Bremen pagou R$ 28 milhões por ele. De lá para cá, as cifras enormes ficaram cada vez mais escassas.
Antes de ser pego no exame antidoping por uso das substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno, Carlos Alberto possuía sondagens de clubes brasileiros e, as mais tentadoras, do Oriente Médio. Depois da denúncia, os interessados, naturalmente, sumiram. Agora, deverá ficar com o passe livre. Com a suspensão de 30 dias confirmada pelo Tribunal de Justiça Desportiva sexta-feira passada, o jogador deverá ser julgado daqui a 15 dias. Será o momento crucial em sua carreira.
— Estamos confiantes. Apesar da gravidade do assunto, é fácil defender um jogador quando ele é inocente — disse Luciana Lopes, advogada de Carlos Alberto no caso.
Fonte: Extra online