O zagueiro Renato Silva participou na noite desta quinta-feira (25/04) do programa Musas da Colina, do grupo Só dá Vasco. O defensor, que chegou ao Gigante da Colina em 2011 e já disputou 75 jogos, falou um pouco sobre o atual momento do clube.
Confira trechos da entrevista:
Início de trabalho de Autuori
"O trabalho está sendo muito bom. Ele está dando uma cara boa para o time, não é a ideal ainda, mas ele só está aqui faz um mês. Ele tem feito as observações e vai arrumar as coisas que faltam. Espero que a gente possa aproveitar esse tempo sem jogos para arrumar o time e voltar bem forte no Brasileiro".
Responsabilidade após a saída do Dedé
"Não aumenta e nem diminui. A torcida vai sentir falta do Dedé pelo futebol que ele jogava e pelo carinho que ele tinha com a torcida e a torcida com ele também. Mas se o time tiver bem, vier outro jogador ou se os garotos entrarem bem, conseguiremos suprir essa lacuna. Se o time estiver, se todos os setores estiverem bem, não vejo nenhum problema para mim ou para outros jogadores ficar com essa responsabilidade na defesa".
Vontade de ficar no Vasco e problemas enfrentados pelo clube
"Sem dúvida. O Vasco está trabalhando e trabalhando bem. Hoje os salários estão dia. O clube tem muitos problemas ainda, a gente sabe, mas independente de dinheiro o clube tem que se arrumar muito rápido hoje, dentro e fora de campo. O clube está ficando atrás em muitos aspectos, em termos de time e também de estrutura. Acho que o Vasco tem que fazer um esforço maior de imediato para que a gente chegue na estreia no Brasileiro de igual para a igual com as outras equipes. Vai ser difícil, tem pouco tempo, mas tem que ter o sacrifício de todos, tantos dos jogadores, quanto da própria diretoria, Todos tem que entender que todo mundo tem que fazer sua parte, nós dentro de campo e eles fora de campo dando estrutura melhor. Os jogadores tem que entrar mais ligados e não ficar tão solto na mídia. A própria torcida tem que apoiar. Vamos tentar começar bem o Brasileiro e depois disputar a Copa do Brasil, que é o mata-mata. Precisamos ter um time bem forte para as duas competições para chegar no final e dar alegrias para a torcida".
Derrota na final da Taça Guanabara. Gol marcado anulado que seria o do título
"A sensação quando fiz o gol foi a de ser herói de novo. Até hoje só fiz um gol pelo Vasco, que foi contra o Lanús de pênalti na Libertadores. Ia ficar muito feliz se tivesse sido gol, pois ia ser o do título. Mas acabou anulado e nossa equipe não se encontrou dentro de campo. Pensei comigo que aquela tinha sido a chance e que não ia voltar mais. Ali começou a bater um pouco de desânimo, pois vi que o nosso time não ia ter mais reação para buscar o empate e conquistar o título. Foi uma frustração muito grande, tive um cansaço grande nos outros dias da semana, mas a gente sabe que nessa profissão não pode se abater, mas às vezes a gente se abater".
Avaliação da passagem pelo Vasco
"Eu avalio como uma passagem boa. Quando eu cheguei a gente foi vice-campeão Brasileiro e depois saímos para o Corinthians nas quartas de finais da Libertadores. Chegamos nas finais do Estadual, mas não fomos felizes. Só faltou coroar essa minha passagem com algum título, o que não acontece. Quando eu cheguei eu mantive o padrão da defesa, que era forte por ter o Anderson Martins jogando com o Dedé. Eu não comprometi em nenhum momento nesse período desde a saída do Anderson Martins. O Rodolfo e o Douglas também ajudaram a manter o patamar da defesa. Acho que a defesa não é o ponto fraco da equipe. Hoje todos os setores do clubes precisam de ajuste. Até o momento a minha passagem pelo Vasco tem sido muito boa. Como disse, só falta coroar com um título".
Vasco é o clube de maior permanência
"Estou focado aqui. A minha cabeça está no Vasco. Isso vem no dia a dia, pois você vai conquistando as coisas. A cabeça hoje está aqui e no futuro se a gente estiver bem a gente pensa em continuar sim, até porque a família é daqui e o clube é da cidade".
Fonte: Só Dá Vasco/Supervasco