A possível troca entre os atacantes Maikon Leite e Tenório, de Palmeiras e Vasco, respectivamente, é marcada pelos problemas físicos que a dupla teve em seus clubes. Assim como o palmeirense, o equatoriano ficou bastante tempo no departamento médico nos últimos dois anos.
No início do ano, Tenório demorou a ser inscrito no Campeonato Carioca por problemas na documentação - os empresários do atacante cobravam uma dívida do Vasco, referente a transferência do atacante e não liberaram a documentação para o jogador ser inscrito.
Após o acerto, ele fez a estreia na quarta rodada, no clássico contra o Flamengo, da Taça Guanabara. Jogou essa e mais duas partidas, contra Bangu e Fluminense. Depois do clássico contra o Flu, durante um treino de finalização, sentiu dores na panturrilha da perna esquerda e foi vetado. Os médicos constataram um pequeno edema e o jogador só voltou a jogar na terceira rodada da Taça Rio, contra o Olaria.
Das 17 partidas do Vasco no Cariocão, Tenório participou de oito e fez apenas dois gols. No total pelo clube, o atacante tem 25 partidas realizadas, e marcou sete vezes.
Na temporada passada, o vascaíno já havia tido problemas físicos. Em março, sofreu uma ruptura do tendão-de-aquiles do pé direito e ficou fora cinco meses. Em agosto, teve um edema na parte posterior do joelho direito e, em outubro, um estiramento na coxa direita, que o tirou dos gramados por um mês. Antes do fim do ano, ainda sofreu com um problema no quadril.
Maikon Leite, por sua vez, chegou ao Verdão em junho de 2011, após uma arrastada negociação. Estreou bem contra o Atlético-GO, mas uma lesão na coxa esquerda atrapalhou sua sequência no Verdão, clube no qual realizou até agora 83 jogos e marcou 12 vezes.
Ainda no Santos, chegou a romper todos os ligamentos de seu joelho direito, em 2008. No ano seguinte, nova lesão no local, desta vez pelo rompimento do ligamento cruzado anterior. Recuperado das cirurgias que fez, o camisa 7 não se machucou tão gravemente no Palmeiras, mas ainda assim ficou algum tempo no departamento médico.
Em 2012, começou bem a temporada e formou uma dupla de ataque com Barcos. Já no fim da campanha no Paulistão e no momento em que o time 'engrenou' na Copa do Brasil, perdeu espaço para Mazinho, sendo reserva no final da campanha - ele entrou no segundo tempo da primeira final com o Coritiba.
Durante essa temporada, teve lesões musculares, além de problemas no tornozelo. Já no final do ano, após o rebaixamento, teve sua saída especulada, diante dos interesses de Cruzeiro e o próprio Vasco, que esfriou o negócio à época diante do salário do jogador, visto como fora dos padrões para o Cruz-maltino.
Com Gilson Kleina, começou recebendo oportunidades em 2013, especialmente pela ida de Luan para a Raposa. Após seis jogos como titular, porém, parou ao lesionar a coxa esquerda contra o Mogi Mirim, dia 10 de fevereiro. Ficou 18 dias fora, voltou contra o Libertad (PAR) e Tigre (ARG), mas parou por mais de um mês graças a uma lesão ligamentar no tornozelo direito. Entrou nos dois últimos jogos, contra Ituano e Sporting Cristal (PER), e briga por uma vaga na partida de sábado, diante do Santos, pelas quartas de final do Paulista. Até agora, não marcou gols na temporada.
Com a palavra:
Thiago Ferri, repórter do núcleo Palmeiras
Maikon Leite surgiu bem no Santos, e sua contratação foi vista como uma grande sacada no Palmeiras. Mas a série de problemas físicos não deixaram o camisa 7 ter uma longa sequência; em todas as temporadas na Verdão ele foi parar no departamento médico. É um jogador rápido, que sabe jogar bem aberto pelos lados do campo por conta de sua boa velocidade, mas tem dificuldades na hora de finalizar. O camisa 7 pode ser uma boa opção, mas para isso precisa atuar junto de um jogador de referência, e principalmente manter-se longe do departamento médico. No Palmeiras, ainda não vingou e deu espaço para Leandro e Vinicius, jogadores que também atuam pelos lados, ganharem espaço.
Com a palavra:
Felipe Lucena, repórter do núcleo Vasco
O Vasco perde, pois Tenório pode ser usado tanto como ponta, como centroavante, duas posições que o time precisa de jogadores de peso. Além do mais, apesar das lesões e do baixo número de partidas com a camisa do Vasco, o equatoriano é querido pela torcida. E é um atleta experiente, bom de grupo, características válidas para o momento que o Vasco passa.
Fonte: Lancenet