Depois de Romário, a Fazenda Nacional é o novo obstáculo da venda já concretizada do zagueiro Dedé do Vasco para o Cruzeiro. Um oficial de Justiça bateu em São Januário nesta tarde de sexta-feira e depois seguiu direto para a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) com um mandado de segurança que proíbe a transferência dos direitos federativos do jogador até a quitação de parte da dívida do clube carioca com a Fazenda.
Dedé já está em Belo Horizonte, onde foi apresentado pelo clube mineiro nesta tarde, porém os problemas do Vasco continuam. Como disse o diretor geral Cristiano Koehler em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no dia 12 de março, a Fazenda era um dos órgãos federais com o qual o Vasco ainda não tinha acordo de renegociação de dívida. No total, segundo Koehler, o clube deve mais de R$ 50 milhões somente à Fazenda. O Cruzeiro já depositou na conta cruz-maltina parte dos R$ 14 milhões referentes aos 45% dos direitos econômicos do zagueiro a que o Vasco tinha direito.
O clube foi pego de surpresa com o novo problema. Na quinta-feira de tarde, o oficial de Justiça já havia batido em São Januário. Na tarde desta sexta, ele retornou e foi recebido pelo presidente Roberto Dinamite, que não quis assinar o documento sem o conhecimento do seu departamento jurídico. O valor pedido pela Fazenda, motivo da visita do oficial de Justiça no Vasco, ainda é desconhecido.
O diretor executivo René Simões ainda não tinha informações sobre o assunto. O diretor jurídico Gustavo Pinheiro também buscava mais informações. Apesar disso, neste fim de tarde foram pagos os salários de fevereiro, direitos de imagem e FGTS em atraso. O clube ainda deve março.
Na quinta-feira à noite, embora houvesse expectativa do clube em pagar dois meses de atrasados nessa sexta-feira, a diretoria não confirmava a informação, pois temia novas penhoras. O Vasco recebeu apenas uma parcela do pagamento total de R$ 14 milhões do Cruzeiro pela aquisição de 45% dos direitos econômicos do zagueiro Dedé.
Dívida antiga
Em São Januário, as tratativas com a Fazenda Nacional para renegociação da dívida já duram meses. A ideia da diretoria é fazer um parcelamento de 20 anos de duração, de forma que as prestações não sejam superiores a R$ 100 mil. Dos cerca de R$ 200 milhões que o clube deve às esferas do governo federal, outros R$ 50 milhões ainda não estão em estágio de não execução. Ou seja, sem provocar novas penhoras.
Fonte: GloboEsporte.com