O doping do meia Carlos Alberto confirmado na última terça-feira no Rio de Janeiro já repercutiu até internacionalmente. O jogador vascaíno, que foi pego no exame após a derrota por 3 a 2 para o Fluminense no dia 2 de março, foi assunto em alguns dos principais veículos de Portugal e até da Alemanha, países onde jogou durante sua carreira internacional.
E os jornais estrangeiros não pouparam Carlos Alberto de críticas ou comentários irônicos. Mesmo em Portugal, por onde o jogador teve ótima passagem quando jogou no Porto, conquistando até a Liga dos Campeões ao lado do técnico José Mourinho, o jogador ganhou destaque pela fase ruim que passa no futebol brasileiro.
O Record, logo na primeira linha da matéria sobre o doping do meia, ressalta: “Carlos Alberto assume novo capítulo rumo ao precipício, deixadas para trás que estão as glórias ao serviço do FC Porto no início da carreira”.
No A Bola, o doping de Carlos Alberto também ganhou destaque e, da mesma forma como fez o Record, a publicação ironizou o meia, reforçando que, desde que saiu do Porto, ele nunca mais conseguiu retomar seu melhor futebol e agora voltou a ter destaque na mídia por causa de um doping.
“Depois de alguns anos pouco brilhantes, o médio voltou agora às primeiras páginas dos jornais porque... acusou doping”, destacou o jornal.
Na Alemanha, a mídia foi até mais cruel com Carlos Alberto. O jogador, que não teve uma passagem boa pelo Werder Bremen entre 2007 e 2010 e acabou fazendo apenas dois jogos pelo clube, já que passou a maior parte do período de contrato sendo emprestado a outras equipes. O jornal Kicker Online chama o meia de “Mico”, por nunca ter vingado após a saída do Porto, e também destaca a má fase do vascaíno.
“Na Bundesliga, Carlos Alberto fez uma vez um nome – um Mico de 7,8 milhões de euros no Werder Bremen. Agora, ele escreve em seu Brasil nativo manchetes negativas: O meio-campista era culpado de doping”, destacou a publicação alemã.
Carlos Alberto foi pego no exame antidoping após o clássico do Campeonato Carioca contra o Fluminense ainda no início de março pelo uso das substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno) que, segundo o Vasco, seriam parte de uma medicação ortomolecular que o meia toma há mais de um ano e com a autorização do clube.
Fonte: ESPN.com.br