Apesar de a saída do zagueiro Dedé parecer inevitável, torcedores do Vasco decidiram se posicionar sobre o assunto. Um grupo de vascaínos escreveu uma carta aberta direcionada a Cristiano Koehler, diretor executivo do clube, pedindo para que ele não deixe que o Mito seja negociado.
O movimento "não se vende o Dedé" foi criado em 2010, ano que o zagueiro se firmou como titular e passou a ser visado por outros clubes do Brasil e do mundo.
No texto, os torcedores dividiram em tópicos motivos que apontam que não vender Dedé é a melhor coisa que o Cruz-Maltino teria a fazer neste momento.
Confira o texto:
Caro Cristiano,
Viemos por meio deste email externar nossa IMENSA revolta sobre o caso Dedé.
A 3 anos criamos um movimento chamado "Não se vende Dedé" que rapidamente se tornou sucesso com seguidores Vascainos de todo o Brasil. Ficamos horas como tópico mais falado do twitter e por mais de uma vez, diversos veículos de comunicação divulgaram o feito. Fomos citados ao vivo no redação sportv.
Por acreditar que o Sr. é o único capaz de nos entender na atual gestão administrativa do clube e por discordarmos completamente do desfecho que os Srs. estão dando pro caso, resolvemos enviar essa mensagem.
Dedé é uma raridade no futebol atual, tem caráter, é completamente do bem, seu nome nunca foi visto em notícias negativas e tem uma força interna vista em poucos atletas da atualidade, sem falar na capacidade técnica do atleta.
Alguns fatos nos revoltam e como hoje o Sr. é o gestor principal do clube gostaríamos que algumas coisas fossem esclarecidas.
1) Desafio o Sr. a achar uma camisa oficial do clube do nosso ídolo a ser vendida em QUALQUER loja oficial do clube ou até mesmo na mega-loja de São Januário.
2) Dedé jamais foi usado para angariar receitas, seu nome/imagem nunca foram vistos atrelados a produtos oficiais do clube.
3) Temos um parceiro (Penalty) que a única coisa que faz é dizer que pode investir num jogador coisa que não deixa de ser promessa nunca. É do interesse e o negócio principal deles vender camisa, por que até hoje não resolveram o problema do parceiro pessoal do atleta (Mizuno) de forma que esse acordo não prejudique o CLUBE?
4) Tal potencial de mídia relatado no início do email mostra que se o jogador for usado para atrair receitas, a torcida irá consumir, desde que o motivo principal seja a permanência do ÍDOLO e o pagamento de salários.
5) Sabemos da vontade do jogador, ele NÃO quer sair. Essa pressão é feita pela diretoria que não consegue manter os salários em dia.
6) A 2 anos a diretoria promete uma campanha de sócios. Nunca vimos algo ser tão prometido e enrolado quanto esse tema. Um conselho: criem uma campanha de sócios simples, mas transparente, com a verba totalmente destinada ao clube, sem negócios escuros e % mal explicadas, deixando claro que agora é a vez da torcida ajudar. TODOS nós sabemos e não aguentamos mais ouvir falar em dívidas, do passado e ATUAIS.
7) 13 milhões e alguns jogadores emprestados chega a ser um desrespeito com os torcedores que vimos jogadores como Eder, Bastos e Bernardo serem comprados por MUITO mais e não justificar nem 10% do que justificaria QUALQUER esforço pela manutenção do Dedé.
8) Na sua chegada, o Sr. citou que vende-lo seria o mais fácil. É o que não entendemos, optaram pelo mais fácil? Sem nem ao menos criar um fundo para que a própria torcida possa compra-lo?
Por fim, gostaria de lembra-lo que ao ignorar a 8ª mensagem o Sr. estaria também ignorando que nós torcedores já levantamos um estádio, que nós torcedores se acreditarmos no que proposto podemos pagar a dívida, nos associando ao clube, mesmo que com pouco retorno. Parem de inventar moda numa campanha, lancem rápido algo simples mas transparente.
Que fique bem claro, não fazemos parte de NENHUM grupo político, o que consideramos ser o maior câncer do nosso clube.
A função de vocês é criar mecanismos para que nós torcedores possamos comprar a briga do nosso amado clube.
Diretores, VP's e Presidentes passam, mas o Vasco fica.
Chega de promessas e de soluções FÁCEIS como o Sr. mesmo citou ao chegar.
Não se vende DEDÉ!
Att,
Fonte: Lancenet
