Um dos motivos que levaram o Corinthians a ser cauteloso em relação à negociação para ter Dedé é o temor dos dirigentes de que a briga na Justiça pelo patrocínio da Caixa leve anos. Conforme o blog apurou, os cartolas temem não conseguir honrar compromissos referentes à contratação do beque.
A diretoria não quer correr o risco de inadimplência ou de deixar de pagar salários para arcar com as despesas da contratação. Enquanto a Justiça mantém o patrocínio bloqueado, o alvinegro deixa de receber R$ 2,58 milhões por mês, um vazio e tanto em seus cofres.
Nesse contexto, a cúpula corintiana avalia que Dedé é um luxo, não uma necessidade. O clube já investiu pesado para trazer Gil e está contente com o desempenho de sua defesa. E num momento de incerteza é melhor gastar só o necessário.
O discurso de Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol alvinegro, em entrevista nesta quinta, foi exatamente nesta linha. “O Corinthians não vai gastar um centavo sequer e nem vai envolver nenhum jogador. Não vamos fazer investimento em um setor que já gastamos no início do ano. Nós temos interesse se ele chegar embrulhado para presente no CT”, disse ele.
Apesar do que afirmou o cartola,o blog apurou que o Corinthians sinalizou ao Vasco que aceitaria colocar alguns jogadores no negócio, entre eles estavam Júlio César, Ramón, Élton e Willian Arão. A DIS, dona de 45% dos direitos do zagueiro, daria uma quantia aos vascaínos e aumentaria sua participação.
A declaração de Duílio não deve ter sido bem recebida no Vasco, já que diminui o poder de pressão sobre o Cruzeiro na negociação.
O imbróglio na Justiça começou depois que um advogado gaúcho entrou com ação contestando a legalidade de patrocínio estatal a um clube. Uma liminar mantém o Corinthians impedido de receber o dinheiro durante a ação.
Fonte: Blog do Perrone - UOL