O Vasco viabilizou o pagamento dos salários de janeiro para jogadores e funcionários na última terça-feira. A notícia foi recebida com alívio pelo elenco, sobretudo por dez reforços contratados recentemente. Foi o primeiro depósito na conta dos atletas desde que os mesmos aportaram em São Januário. Apesar da melhora, o Cruzmaltino segue com o atraso de dois meses nos vencimentos. Além disso, uma dívida de oito meses referente aos direitos de imagem assombra a dupla de veteranos Carlos Alberto e Wendel.
Pedro Ken, Nei, Sandro Silva, Yotún, Fillipe Soutto, Michel Alves, André Ribeiro, Thiaguinho, Elsinho e Leonardo enfrentaram um período de 16 jogos sem salários. A maioria deles treinou, atuou e concentrou de graça. A insatisfação era visível e a preocupação dos dirigentes em quitar ao menos um mês dos novatos ocupou boa parte das reuniões diárias.
Veteranos, Carlos Alberto e Wendel não recebem o valor equivalente aos direitos de imagem desde julho de 2012. Inclusive, o segundo não teve qualquer quantia depositada sobre esta parte do salário desde que foi contratado. O desconforto existe e a diretoria não esconde o problema. O diretor de futebol René Simões admitiu o impasse e explicou o que o Vasco tem feito para solucioná-lo.
“A insatisfação existe. Ninguém fica satisfeito com o salário atrasado. Sabemos das situações do Carlos Alberto e do Wendel. O Cristiano Koehler [diretor geral] já renegociou com o Wendel e vamos chamar o Carlos para conversar. Estamos fazendo um esforço imenso para colocar isso em dia. Tanto que não temos outros atletas nessa situação. O Vasco passou a evitar novos contratos de imagem. Dos que chegaram, apenas o Nei possui alguma coisa nesse sentido”, afirmou o dirigente.
O fato é que muitos jogadores não acreditam mais nas promessas da diretoria devido aos inúmeros prazos não cumpridos para pagamentos. René Simões informou ao elenco que as dificuldades continuarão pelo menos até o mês de julho.
“Não é segredo para ninguém que teremos dificuldades até julho. Existe a questão da troca do patrocinador e o caso da Receita Federal que está caminhando melhor. Todos os jogadores foram informados sobre isso. Outros problemas podem acontecer e o elenco está preparado. O fato é que trabalhamos para solucionar essa questão do dinheiro o mais rápido possível. Conhecemos as dificuldades de todos os envolvidos no momento atual do Vasco”, encerrou.
A expectativa da diretoria é a de desbloquear receitas na Fazenda Nacional, adiantar o pagamento de cotas de TV e fechar o patrocínio com a montadora Nissan antes de julho. A venda do zagueiro Dedé também se tornou imprescindível ao clube de São Januário. Com o somatório das esperadas receitas, o Vasco espera arrecadar até R$ 40 milhões e conquistar o sonhado fôlego financeiro.
Fonte: UOL