Sete meses após deixar o Vasco, Cristóvão Borges se diz pronto para voltar a treinar um time

Terça-feira, 09/04/2013 - 16:29

Sete meses depois de deixar o comando do Vasco, o técnico Cristóvão Borges se considera pronto para voltar ao futebol. Em conversa com a reportagem do Globo Esporte às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, o treinador contou que recebeu alguns convites desde a sua saída de São Januário, porém havia decidido passar um tempo em casa para pensar na carreira. Agora, ele está disposto a retornar à beira do gramado.

Cristóvão conta que nos últimos meses recebeu propostas de Vitória e Náutico, além de sondagens de Palmeiras e Avaí.

- É interessante que alguns clubes me procuraram, através de pessoas próximas. Diante da minha recusa, não entendiam muito, da necessidade deles e porque eram oportunidades boas mesmo. Muitos inclusive ligaram para amigos meus, inclusive para o Ricardo Gomes para poder me induzir. O Ricardo, brincando, dizia pra eles que eu não queria voltar. Mas era brincadeira, eu queria e eu quero voltar a trabalhar, mas não era o momento, e agora o momento chegou – explica o treinador.

Já são sete meses de um retiro que ele mesmo se impôs. Desde que pediu demissão do Vasco, em setembro do ano passado, Cristóvão resolveu dar uma parada estratégica em sua carreira.

- Independente de qualquer coisa, eu não queria voltar a trabalhar só para mostrar que eu estava trabalhando e ganhando salário. Para mim, é importante eu saber que estou mais capacitado, que estou melhor, que estou fazendo alguma coisa que vá contribuir para o que eu penso do futebol, para aquilo que eu sonho, e estou sonhando bastante – afirma Cristóvão.

Em pouco mais de um ano como técnico do Vasco, Cristóvão enfrentou várias dificuldades. Assumiu o time durante um clássico diante do Flamengo depois que o amigo Ricardo Gomes sofreu um AVC, em agosto de 2011. Conviveu com a insatisfação de ídolos como o meia Felipe, com a crise financeira que levou o time ao desmanche, e com críticas constantes dos torcedores, que o chamaram de "burro" diversas vezes. Apesar disso, no período sob seu comando, o Vasco bateu um recorde e ficou 54 rodadas seguidas entre os quatro primeiros do Brasileirão.

- Disputamos o primeiro Brasileiro até a última rodada com o Corinthians. Fomos também à semifinal da Sul-Americana, e às duas finais de turno de Carioca. Pela Taça Libertadores, jogamos uma partida no mesmo nível contra o Corinthians, que era o melhor e mais forte time brasileiro. Meu trabalho no Vasco foi positivo, mas eu quero fazer melhor.

Disposto a sonhar com o que futebol tem de melhor, Cristóvão se despede já antevendo o possível retorno aos treinos e estádios.

- O futebol é um ambiente fascinante, por isso a gente vive há anos e não consegue sair, é muito bacana porque é um aprendizado de vida em todos os aspectos. Se você consegue enxergar o lado bom e bonito, você consegue aproveitar – encerra o técnico.

Fonte: GloboEsporte.com