A atual situação deficitária do Vasco, já eliminado da Taça Rio, mesmo após vencer a primeira no torneio, diante do Friburguense, por 2 a 1, é o principal foco de trabalho do técnico Paulo Autuori dentro de São Januário. Não que ele esteja incumbido administrativamente, mas, no alto de sua paciência, ele sabe que não pode exigir da diretoria grandes reforços para o Campeonato Brasileiro.
"É muito legal falar de trazer jogador, mas não vou fazer populismo barato", disparou o treinador, a cerca de promessas e pedidos de grandes nomes tendo em vista a competição nacional, em maio. "Temos que dar passos sólidos e ser franco com aqueles que sofrem. Estou falando isso em termos gerais", complementou.
O convite do presidente Roberto Dinamite para assumir a equipe cruz-maltina, confessou Autuori, "foi para ajudar a repensar a estrutura do Vasco. A figura do Roberto é de coragem, pois botar tudo aquilo que ele foi como jogador é fácil. Aqui no Brasil esquecemos aqueles que foram ídolos".
Nesta segunda-feira (8), a diretoria vascaína anunciou que fará o pagamento da outra parte dos salários dos jogadores que ainda não receberam os vencimentos relativos ao mês de janeiro. "É essa interação que o dirigente tem que ter com a verdade e as particularidades dos jogadores. Temos um compromisso de, a partir do meio do ano, as coisas deixarem de acontecer da mesma maneira", explicou ainda.
Para finalizar, o treinador cita que o momento atual é de "valorizar as pequenas vitórias", como foi a diante do Friburguense, e de testar novos jogadores, caso do atacante Thiaguinho, autor da jogada que culminou no gol de Dakson, já no final da partida.
"A gente tem muito tempo no futebol, e já vi muitas coisas, de jogadores sem nenhuma oportunidade que aproveitam a chance que tiveram. Se não valorizarmos isso também, você nunca sairá um vitorioso", opinou.
Fonte: Terra