Foi no dia 28 de dezembro de 2012 que Michel Alves vestiu a camisa 1 do Vasco pela primeira vez. Pela experiência - ele completou 32 anos em março -, poderia se esperar que o goleiro que veio do Criciúma logo assumiria a lacuna deixada por Fernando Prass, mas Michel esperou a vez. E ela chegou agora, na partida desta noite contra o Friburguense.
Antes disso, porém, Michel não deixou de participar da vida do Vasco. Tanto com Gaúcho e Ricardo Gomes quanto agora com Paulo Autuori, o goleiro é notado sempre dando instruções e gritando com os jogadores na beira do campo. Nada é por acaso. Michel já pensa em assumir uma função dentro do futebol quando parar de jogar.
- O goleiro, pela posição em si, tem uma visão privilegiada. Eu procuro sempre prestar muita atenção no que os treinadores falam e no jogo. Era assim com o Gaúcho, é assim com o Paulo, um profissional muito experiente, muito didático, espetacular mesmo - disse o goleiro.
Michel lamenta as condições do clube, que ainda atrasa salários, mas ao mesmo tempo ele reconhece que era um problema, de certa forma, esperado quando aceitou se transferir para o Vasco. Porém, vê nos ensinamentos do dia a dia uma chance de crescer no meio do futebol.
- Eu só tenho Ensino Médio completo. Ainda teria que cursar um faculdade, mas a gente sempre pensa no que fazer quando parar de jogar. O jogador não tem outra profissão. E quando a gente trabalha com uma pessoa que nem o Paulo Autuori, o melhor é extrair tudo dele, para o futuro. E é isso que quero, ficar no futebol. Não quero ser mais um - afirmou o goleiro.