Após um início de ano que parecia promissor, o Vasco já convive com marcas negativas na temporada. A derrota para o Botafogo por 3 a 0, na última quarta-feira, em Volta Redonda, fez o time alcançar o maior jejum de gols desde 2009. São cinco jogos e 453 minutos sem balançar as redes adversárias. Além disso, o Cruzmaltino ostenta o pior começo de Taça Rio da sua história.
A competição passou a ser disputada em 1982 com o objetivo de premiar o campeão do segundo turno. O clube conquistou a taça em nove ocasiões, mas soma três derrotas e um empate na edição atual. O desempenho configura o pior início desde a adoção do torneio e tem sido muito criticado nos bastidores de São Januário.
A situação é delicada e torna improvável a classificação às semifinais. Com um ponto no Grupo A, o Vasco está muito atrás de Volta Redonda (12 pontos) e Botafogo (9 pontos) - líderes da chave. Para passar de fase, os comandados de Paulo Autuori precisam vencer os três jogos restantes e torcer para que o Alvinegro de General Severiano seja derrotado em quatro compromissos. Uma missão quase impossível.
Além da recuperação emocional do elenco, o Vasco precisa fazer com que o ataque volte a funcionar. A última vez que a torcida cruzmaltina comemorou um gol foi aos 42 minutos do 2º tempo da semifinal da Taça Guanabara. A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense levou a equipe à final. A partir daí, são 453 minutos regulamentares sem balançar as redes e com inúmeras críticas direcionadas aos avantes. É o maior jejum desde 2009.
Na ocasião, o Cruzmaltino passou quatro jogos sem marcar. O desempenho só supera o de 1990, quando o time de São Januário passou seis jogos sem comemorar um tento sequer. Apesar do momento delicado, o técnico Paulo Autuori avisou que não irá admitir jogadores de cabeça baixa na sequência da temporada.
“Não admito ninguém caído. São situações que acontecem. Temos que mostrar poder de reação no dia a dia. Sabemos o que precisamos fazer. O meu trabalho é criar base para uma equipe se desenvolver. Quero fazer os próximos jogos da melhor maneira possível. Precisamos de um time com força e competitividade. Vamos buscar isso com muito trabalho nos treinos”, encerrou.
Fonte: UOL