São Januário faz do Vasco o único grande do Rio a ter estádio próprio, considerando-se que o Engenhão é alugado pelo Botafogo. Construída em 1927, a casa vascaína se mantém estruturalmente a mesma desde a inauguração e isso tem trazido diversos prejuízos para o clube. Vários projetos já foram feitos para que fosse modernizada e ampliada, mas todos eles nunca saíram do campo das ideias.
— Não é fácil fazer isso. Um clube como o Vasco, com grande passivo, possui penhoras. É preciso conseguir recursos públicos, captações privadas — admitiu o diretor geral Cristiano Koehler, hoje responsável pelas conversas com a construtora OAS, interessada em finalmente colocar o plano para frente.
Defasado e atualmente com capacidade para cerca de 25 mil pessoas, o estádio não atende à demanda mínima de 40 mil lugares da Conmebol para a realização de finais da Libertadores, por exemplo. São Januário, com problemas de acesso e escoamento de público, tem sido sistematicamente vetado para receber clássicos, algo que o Vasco tenta mudar.
A solução seria a reforma. No fim da década de 1990, a entrada dos dólares do Bank Of America fez com que o clube divulgasse maquete de uma Colina modernizada e ampliada. Em 2001, o então presidente Eurico Miranda rescindiu com o investidor e tudo foi por água abaixo.
Em 2007, Eurico iniciou conversas com a Lusoarenas, empresa portuguesa do ramo de construção de aparelhos esportivos. Ao assumir a presidência do Vasco, em 2008, Roberto Dinamite não levou as negociações à frente.
No ano seguinte, a escolha para que São Januário recebesse o rúgbi durante os Jogos de 2016 reacendeu a esperança na reforma. Ano passado, depois de ter projeto pronto, o clube abriu mão de sediar o esporte por falta de verba e ficou mais uma vez sem a modernização.
Fonte: Extra