Aos 20 anos de idade, Philippe Coutinho já viveu o que muito jogador em final de carreira não teve a oportunidade de experimentar. Revelado pelo Vasco da Gama, foi aproveitado para o time profissional muito jovem, aos 16, e mostrou habilidade suficiente para encantar vascaínos e estrangeiros. Foi assediado pelo Real Madrid em 2007, mas a transição não avançou. A Inter de Milão, por sua vez, garantiu compromisso do atleta em seguida, deixando acertada sua transferência para a Itália assim que completasse 18 anos. E assim se sucedeu.
Por quase quatro milhões de euros, Philippe Coutinho foi do Vasco para a Internazionale. Após duas temporadas em Milão, onde participou, entre outros títulos, da conquista do Mundial de Clubes em 2010, foi emprestado para o Espanyol (ESP), onde ganhou destaque no campeonato nacional. De volta a Inter de Milão, foi vendido para o Liverpool, da Inglaterra, por 10 milhões de euros. É o atual camisa 10 dos Reds.
Ao GLOBO, Philippe Coutinho falou sobre sua adaptação no futebol inglês.
- A principal diferença do Brasil e da Itália para cá é a questão do futebol ser muito mais intenso e pegado aqui. Tem que estar sempre atacando. O ritmo de treino é muito forte também. Na primeira semana foi complicado, tive dificuldades com o trabalho puxado, fiquei exausto, mas agora estou me adaptando - disse Coutinho, que encontrou em outro brasileiro um parceiro para ajudar na nova fase da carreira.
- O time me recebeu muito bem. É natural que no começo eu me aproxime mais dos sul-americanos, até pela questão da língua, mas com o tempo estou conhecendo melhor todo mundo. Estou muito próximo do Lucas Leiva, que tem me ajudado nessa adaptação - afirmou.
Apesar de jogar no exterior há algum tempo, Philippe Coutinho não esquece do clube que lhe revelou e admite estar na torcida para a recuperação do Vasco.
- Empatou de novo, né? Tenho acompanhado o Vasco daqui, torço sempre que posso. Tenho um carinho muito grande pelo clube, por ter me revelado, pela história que eu vivi lá - contou Coutinho.
O carinho com o clube de São Januário não acabou, mas é inegável a vontade de Philippe de permanecer na Europa. O meia foi sincero ao falar sobre quem considera o melhor jogador de seu país.
- Jogar na Europa ajuda bastante na melhora do futebol, aqui você vai disputar jogos com adversários do mundo inteiro. É diferente. Minha vida aqui melhorou muito, minha visão tática no jogo mudou bastante para melhor. O Neymar é o melhor jogador do Brasil hoje, tenho certeza que a hora que ele vier será proveitoso para ele também - avaliou.
Fonte: Extra online