Sem entrar em campo desde 9 de fevereiro, Tenorio deve, enfim, ser finalmente liberado para voltar a vestir a camisa do Vasco. A coincidência é que o retorno do equatoriano vai acontecer dias depois da lesão mais grave de sua carreira completar um ano, no mesmo local e contra o mesmo adversário. Na quarta-feira, a previsão da comissão técnica e do departamento médico é que ele entre pelo menos por 30 minutos na partida contra o Olaria, às 16h, em Moça Bonita. Se Tenorio, que foi elogiado por Paulo Autuori na apresentação - o novo técnico lembrou de confrontos contra o jogador como treinador do Peru e nos tempos de Catar -, está próximo da volta, outro atacante que pouco jogou, Leonardo, continua sem previsão. Os dois passam por tratamento especial, que inclui o uso de uma palmilha para aliviar dores nas pernas lesionadas.
Feita em laboratório especial, à medida para cada pé de atleta, a palmilha era muito usada pelo equatoriano nos treinos após o rompimento do tendão de Aquiles do pé direito, no dia 3 de março do ano passado, na vitória sobre o Olaria por 2 a 0, em Moça Bonita. Com leve diferença entre uma perna e outra - inferior a um centímetro -, a palmilha serve para amenizar o impacto e eliminar o desnível das pernas do jogador. Porém, nos últimos tempos, ele deixou a palmilha de lado, usando somente em algumas atividades. Em Pinheiral, na pré-temporada, quase não usou o equipamento. Ele só retomou o uso após a última contusão, na panturrilha esquerda, em fevereiro.
Segundo o médico do clube, Albino Pinto, o uso da palmilha depende do conforto do atleta. O atacante Leonardo, que tem uma tendinite de difícil tratamento nas duas pernas, usa para diminuir a dor no impacto. De acordo com o médico do Vasco, Tenorio não precisaria usar a palmilha sempre, caso não se sentisse confortável.
Mas o equatoriano passou a usar o dia inteiro a palmilha, até em casa, não apenas em treinamentos. Ele, por exemplo, parou de usar chinelos, já que, com esse tipo de calçado, não teria como utilizar o adereço. Outro material que o jogador passou a adotar com frequência é uma meia compressiva, para ajudar a circular melhor o sangue nas pernas.
- Às vezes o atleta não se adapta à palmilha. No caso do Tenorio, ele pode usar para jogar, mas também não é obrigatório. O desequilíbrio das pernas dele é muito pequeno. Não chega a um centímetro. Já para o Leonardo, não. Se não usar as palmilhas para amortecer mais o impacto, ele vai sentir dor - explicou o médico do Vasco.
A esperança é de que essa nova etapa do tratamento do equatoriano acabe de vez com a sequência de lesões. Na última contusão, que se repetiu na panturrilha esquerda, houve consenso entre comissão técnica, médicos e diretoria de que o jogador precisaria passar por um novo programa de tratamento, para voltar em melhores condições. Tenorio ficou fora de quase 80% dos jogos do Vasco desde que chegou no início de 2012.
- Estamos acelerando o carro com mais cuidado, mas para atingir a mesma velocidade. Tenorio está cumprindo etapas de forma cautelosa para reforçar todos grupamentos - disse o fisiologista do clube, Daniel Gonçalves.
Fonte: GloboEsporte.com