Sabedoria, vontade e superação são algumas das palavras que não saem da boca dos atletas paralímpicos de vôlei sentado do Vasco da Gama. Único time do Rio de Janeiro com representantes nessa modalidade, a equipe foi criada há três anos e em 2012 participou pela primeira vez do Campeonato Brasileiro da modalidade.
- Pra mim é muito importante fazer parte desse grupo, sem isso aqui eu não sou nada - afirma o levantador Edson Bastos.
Apesar do jogo apresentar algumas pequenas modificação, como a altura da rede, durante o treinamento não existe nenhum tipo de diferenciação. São flexões, abdominais e alongamentos, tudo sob o comando da técnica Jaqueline, que não desvia da fama de durona.
- Eu fui atleta, fui treinada no regime militar e eu falo pra eles que vão treinar no regime miliar - diz a treinadora.
Todo o esforço é por um objetivo bem claro: fazer com que o time do Vasco seja reconhecido nacionalmente, não só como uma equipe pioneira, mas uma equipe campeã.
- Todo mundo sabe que não é dinheiro, aqui a gente ganha o maior valor que a gente pode ter, que é a alegria.
Muitos dos atletas sofreram acidentes recentemente e tiveram que ser amputados. É o caso de Renato, que perdeu a perna há um ano.
- Quando eu sofri meu acidente eu falei, pô acabou o mundo para mim, vou ser discriminado na sociedade, mas isso aqui abriu as portas.
O Campeonato Brasileiro de Vôlei Sentado só começa em novembro e o objetivo do time é alcançar a primeira divisão da competição e conta com o reforço do ponteiro Jean Diniz.
- Tô vindo para somar aqui junto com o Vasco, vamos lá levar o Vasco para primeira divisão esse ano.
Esse é time de vôlei paralímpico do Vasco. O vôlei da Alegria.
- Eu costumo dizer que eu não perdi nada, eu ganhei foi muita coisa - afirma Renan.