Gáucho se acostumou a conviver com vaias e desconfiança no Vasco. O fato tornou-se comum nas passagens do treinador pelo clube e se repetiu no último domingo. A derrota por 1 a 0 para o Volta Redonda foi marcada por pedidos de demissão e críticas. O profissional “sofre” com a sombra de Ricardo Gomes, já que a torcida demonstra maior tolerância com o diretor técnico. Gaúcho trata a situação de forma natural e descarta qualquer “injustiça” no caso.
A dupla discute táticas e programações de treinos durante a semana. Gaúcho atua sozinho apenas nos 90 minutos das partidas. Os elogios ao trabalho são divididos, mas as críticas recaem com intensidade no comandante mesmo após Ricardo Gomes ter afirmado em sua apresentação que seria o responsável diante dos resultados adversos. Com o cargo ameaçado, o treinador não vê injustiça no julgamento.
“Não me sinto injustiçado. Estou preparado para isso e conheço a reação do torcedor. Eles comparecem ao estádio e querem vitórias. Tem dia que nada dá certo. Estou junto com o Ricardo. Ele me ajuda com informações da melhor maneira possível. É preciso vencer no futebol. O técnico é ruim quando a bola não entra. É assim desde sempre”, afirmou ao UOL Esporte.
Gaúcho recorda o projeto dos dirigentes em investir no trabalho de reestruturação a longo prazo. No entanto, trata com normalidade as especulações envolvendo mudanças na comissão técnica antes do encerramento do Campeonato Carioca.
“O treinador precisa mostrar soluções. É uma pressão normal com qualquer um. Estamos entregando o trabalho ao tempo. Tudo o que é passado envolve um projeto a longo prazo. É uma coisa interna. Se o Gáucho sair, não será a primeira vez com um treinador em qualquer lugar. Sou preparado, essa é a minha profissão. Não vou trabalhar com outra coisa. Estou com 60 anos e vivo disso”, encerrou.
Fonte: UOL