O Vasco completou seis meses convivendo com o entra e sai de vice-presidentes da administração Roberto Dinamite. A debandada começou em setembro do ano passado e ainda não foi solucionada. No momento, o clube esbarra na rejeição ao regime profissional implantado pelo diretor geral Cristiano Koehler para compor quatro pastas vagas. São elas: finanças, futebol, marketing e jurídico.
O ex-vice de marketing Eduardo Machado e o ex-vice jurídico Aníbal Rouxinol foram os que deixaram o Vasco por último. O segundo disparou contra Koehler e assegurou que novas saídas poderiam acontecer devido ao processo de reestruturação comandado pelo executivo.
O presidente Roberto Dinamite tem dificuldades para preencher as lacunas. O objetivo é o de encontrar nomes que atuem de forma profissional no mercado e concordem com a direção de Koehler. A missão não é das mais simples, pois existe resistência aos métodos nos corredores de São Januário. O próprio executivo admitiu que as mudanças acarretam em desconforto, mas optou por não se pronunciar sobre questões políticas.
Até o momento, o advogado Roberto Duque Estrada foi o único que aceitou o convite, mas não chegou a ser anunciado oficialmente. Ele é sócio de um dos principais escritórios de advocacia do Rio de Janeiro e teve aprovação total da administração. O futebol segue acumulado por Roberto Dinamite e pode continuar desta forma, já que o comando real do departamento está nas mãos do diretor executivo René Simões e do diretor técnico Ricardo Gomes.
As pastas de marketing e finanças não possuem nomes definidos. A substituição mais importante envolve a segunda. O vice-presidente de finanças precisa assinar documentos envolvendo orçamentos e balanços de acordo com o estatuto. Nelson Rocha foi o primeiro a deixar a pasta e acabou substituído por Nelson de Almeida. O último deixou o cargo em janeiro.
Questionado sobre o conflito envolvendo as tradições do clube e o novo regime profissional sob a batuta de Cristiano Koehler, o presidente Roberto Dinamite demonstrou otimismo e assegurou que as substituições estão bem encaminhadas após seis meses de constante entra e sai.
“Os vices do Vasco estão aí para ajudar. É uma coisa interna. O natural é ter em cada função pessoas qualificadas para colaborar com o clube. Vamos valorizar o trabalho dos profissionais e respeitá-los por serem vascaínos. Ao mesmo tempo, implantar o regime profissional. A coisa está bem encaminhada. Buscamos o equilíbrio nas funções. A contribuição é importante e queremos o diálogo. O trabalho vai continuar e estou à frente da parte política”, explicou.
O calvário na administração começou em 12 de setembro do ano passado. Na ocasião, José Hamilton Mandarino deixou a vice-presidência de futebol. Na sequência, Nelson Rocha e Fred Lopes entregaram finanças e patrimônio, respectivamente. Diante das dificuldades, o Cruzmaltino promoveu mudanças no organograma no mês de novembro. José Pinto Monteiro saiu da vice-presidência de Esportes Olímpicos e Responsabilidade Social e viu a pasta ser desmembrada.
Na época, Roberto Dinamite indicou a divisão do cargo na área de patrimônio. Manuel Barbosa ficou com a parte de operação e manutenção, e Manuel Santos, que trabalhava no marketing, passou a cuidar de engenharia e obras. Também foram nomeados: Jorge Luiz Raggio Carneiro (departamento de desportos terrestres), Tadeu Correia da Silva (infanto juvenil), Salvador Velloso Perrela (desportos aquáticos), Ricardo Luiz Murça Leon Haddad (vice-presidente do departamento de desportos de quadra).
Fonte: UOL