Em reunião realizada na manhã desta terça-feira, na sede do Botafogo, no Rio de Janeiro, gerentes das categorias de base dos principais clubes do País adiaram uma decisão sobre um possível boicote ao São Paulo nas competições e prometeram investigar as acusações de aliciamento de jogadores feitas contra o time paulista.
Um próximo encontro entre os dirigentes está marcado para junho, em Campinas, mas a expectativa é de que o veredito sobre a situação tricolor seja conhecida até o mês que vem.
Ausente na reunião, o São Paulo teve apresentada contra ele nesta manhã reclamações de Coritiba, Ponte Preta e Grêmio Prudente. Uma das maiores queixas do trio é a de que a diretoria tricolor não responde aos questionamentos sobre os atletas supostamente “roubados”. Ficou acertado que essas equipes enviarão até a próxima semana um relatório para os demais clubes explicando com detalhes cada um dos casos.
“Esses três contestaram o São Paulo em relação a aliciamento. Tentam contato com o São Paulo e o São Paulo não dá retorno. Foi pedido que esses times relatem o histórico de cada atleta e o que houve para vermos se haverá alguma medida contra o São Paulo, assim como aconteceu com o Atlético-PR. Eles ficaram de mandar esse comunicado para o e-mail da comissão”, explicou o gerente de base do Bahia, Newton Motta, ao ESPN.com.br, ao fim da reunião.
Ainda em General Severiano, ficou acertado que a equipe do Morumbi não será punida pela contratação do lateral-direito Foguete, ex-Vasco. Na análise dos dirigentes presentes, dentre eles, René Simões, diretor executivo cruzmaltino, o negócio pode ter sido “imoral”, mas não foi “ilegal”. O argumento é de que os cartolas vascaínos falharam ao não cumprir com os pagamentos ao jovem jogador. Existe também uma reclamação do Corinthians contra o São Paulo, mas o caso só será levado adiante depois que o time alvinegro oficializar a sua queixa.
Uma decisão sobre o boicote ao São Paulo deve ser feita por telefone ou mesmo e-mail devido à proximidade de competições na base. Está descartada qualquer favorecimento ao time por conta de sua proximidade com o presidente da CBF, José Maria Marin.
“De forma alguma. Os clubes estão unidos. Se entenderem que o São Paulo realmente agiu de má fé, o nome do São Paulo não vai fazer que voltemos atrás. O grupo todo se afasta”, afirmou Motta.
Fonte: ESPN.com.br