“Calma! Não priemos cânico (sic)!”. A tranquilizadora e famosa frase de Chaves – personagem histórico do seriado mexicano que leva o mesmo nome – se aplica bem à situação vivida por Bernardo após o gol marcado contra o Fluminense, sábado passado.
Empolgado com o feito, ele pulou a placa de publicidade e, no pique, acabou atropelando um repórter de rádio que, literalmente, capotou no gramado do Engenhão. Passados três dias do ocorrido, o apoiador reencontrou o jornalista no treino do Vasco, ontem, no Cefan, o abraçou, pediu desculpas e, “sem contar com sua astúcia”, ainda revelou que a comemoração feita na sequência do incidente teve como inspiração o “menino do barril”.
– A comemoração surgiu por meio de um pedido de um amigo meu que canta funk. O MC Tabajara. Ele pediu que, se fizesse um gol, comemorasse dançando a música dele, que é o “Piripaque do Chaves” – disse o camisa 31, revelando a música que faz menção a um episódio no qual Chaves, ao longo da trama, sofre uma série de “congelamentos”, nos moldes da dança.
Sobre a trombada no repórter Rodrigo Machado, da Rádio Bradesco FM, ele comentou que sua ação no momento impediu que o “strike” fosse ainda maior.
– Ele apareceu na minha frente na hora que pulei a placa. Se não o empurrasse, ia cair eu, ele, todo mundo junto (risos). Mas peço desculpas. Isso não vai acontecer de novo – disse, arrancando risadas da imprensa que estava presente.
O gol em questão foi o primeiro do Vasco na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense, no sábado, que garantiu o Gigante da Colina na final da Taça Guanabara do próximo domingo, às 16h, no Engenhão.
Faro de gol pelo Vasco
Bernardo é sinônimo de gol pelo Vasco. Sua primeira passagem já havia sido assim e, agora, em 2013, a história se repete. Mesmo não sendo atacante de ofício, ele tornou-se artilheiro da equipe em 2011 e, este ano, já ocupa novamente o posto, com sete gols.
Em boa fase, ele contou que a vocação para o gol sempre foi cobrada pelo pai, o ex-atacante Hélio “Doido”, que atuou pelo Fluminense.
– Sempre busco fazer gol, meu pai me cobra muito isso – afirmou o camisa 31.
Ainda de acordo com Bernardo, o fato de se sentir em casa e identificado com o Vasco tem ajudado no bom momento:
– O Vasco é minha casa. Tenho pessoas que me ajudam e que são maravilhosas. Me dou bem com todo mundo, do segurança ao presidente. Costumo dizer que São Januário é um parque de diversões para mim. É onde me sinto bem – contou.