Os vascaínos também têm motivos para suspirar em São Januário, isso porque o clube tem a sua “musa gandula”. Trabalhando na função desde 2008, Caroline França, de 19 anos, admite que após o episódio com Fernanda Maia a arbitragem ficou mais rigorosa e atenta.
– No primeiro dia do Brasileiro de 2012, nos chamaram em campo e mostraram uma cláusula para lermos. Isso nunca tinha acontecido. Eles nos recomendaram que se percebessem algo, nos expulsariam - recorda.
A gandula afirma que mudanças foram feitas após a marcante final da Taça Rio do ano passado. Agora não é mais permitido repôr a bola como fez Fernanda Maia, jogando-a diretamente para as mãos do atleta.
- Agora você tem que devolvê-la rolando ou, no máximo, quicando-a antes de chegar ao jogador - explica.
Caroline exerce a função que surgiu exatamente no Vasco, através do jogador Bernardo Gandulla, na década de 40. Os adversários chutavam as bolas para a lateral do campo no intuito de retardar a partida e o argentino corria com rapidez para pegá-las, fato que se tornou um marco.
Prestes a ingressar na faculdade federal de Direito, Caroline, que é filha do ex-árbitro Beival do Nascimento Souza, encara com naturalidade as cantadas na Colina:
– É normal, trata-se de um ambiente muito masculino, qualquer mulher que surja, vai chamar mais atenção – disse a gandula, que tem namorado.