Estourou de vez a crise nos bastidores de São Januário. Depois de Eduardo Machado, ex-vice presidente de marketing, mais um dirigente do Vasco deixou o clube por causa da chegada do novo diretor geral Cristiano Koehler e dos poderes dados a ele por Roberto Dinamite. Anibal Rouxinol não é mais o responsável pelo departamento jurídico. De saída, fez questão de disparar contra o desafeto.
- O imperialismo voltou ao Vasco e estou muito preocupado. O Cristiano possui ideias de Hitler. Deve ser culpa do sobrenome (de origem alemã). Ele chegou dizendo que o clube está largado e isso não é verdade. Ele está passando por cima de todo mundo em São Januário e estão todos insatisfeitos - detonou Rouxinol.
Anibal explicou os motivos que o levaram a deixar o cargo. Além dos novos rumos do clube com a presença de Koehler, o ex-dirigente afirmou que a decisão da diretoria de entrar em acordo judicial com Romário, semana passada, foi feita sem seu aval. Soma-se a isso o fato de que os gastos na contratação de diretores foram considerados por ele fora da realidade vascaína. Para completar, Anibal Rouxinol levantou suspeitas a respeito das intenções do diretor geral:
- Estou com um pé atrás com essa gente, com essa confraria gaúcha que o Vasco está alimentando. Não podemos gastar uma fortuna com dirigentes, um clube que têm dificuldades para pagar os salários dos funcionários mais humildes. Cristiano está tomando conta de todos os departamentos estratégicos. Primeiro, foi o marketing, que é o responsável por gerar receitas para o clube. Depois, o jurídico. O que ele está querendo com isso? Por que ele não cuida dos esportes olímpicos? Do remo? Eu gostaria de saber.
A debandada não deve parar por aí. Na Colina, o vice-presidente de patrimônio, engenharia e obras, Manoel Santos, é apontado como bola da vez. O dirigente estaria sendo fritado pela atual direção geral e, por ser muito próximo de Eduardo Machado, estaria tentado a seguir o caminho do amigo e deixar a diretoria. Por enquanto, Manoel disse que segue no cargo.
- Eu lamento muito a perda de profissionais de qualidade. Acredito que nada nem ninguém pode estar acima do estatuto do clube. Ele precisa ser respeitado, assim como a constituição. Se eu sentir que isso não está acontecendo, não ficarei satisfeito. Até o momento, não tem nada que impeça meu trabalho - afirmou.
Procurado pela reportagem do Jogo Extra, Cristiano Koehler não foi encontrado para comentar as acusações.
Fonte: Extra Online