Reponsável direto pela grande campanha vascaína na Taça Guanabara, Carlos Alberto apresenta um desempenho superior ao de temporadas passadas. Mais experiente, o camisa 10 afirma que partiu de si mesmo a motivação para mudar de comportamento, mas também ressalta que contou com a ajuda dos atuais companheiros de equipe.
- Acho que é a ajuda de todos. Eu me considero vencedor no que faço. Não gosto de passar o final de ano dizendo: 'Não cheguei a uma final'. Nas minhas férias eu trabalhei porque esse ano decidi que quero ser campeão, que meu time seja valorizado, quero dar a volta olímpica, eu quero ganhar. No dia que eu perder isso tenho que parar de jogar futebol. Às vezes esquecemos de como é gostoso ganhar. Algumas coisas são injustas, mas o pessoal tem me ajudado. O grupo é mais jovem, dinâmico. O Vasco de hoje corre muito mais que antes. Casamos jogadores experientes com jovens que queriam oportunidades - disse, em entrevista ao SporTV.
Tenório e Leonardo são frequentes desfalques nas escalações de Gaúcho devido a lesões. Quando ausentes, o técnico opta por escalar o setor ofensivo da equipe com Eder e Bernardo mais à frente e Carlos Alberto em posição próxima à área. Sobre a falta de um centroavante nos jogos, o camisa 10 admite que prefere jogar como meia, mas ressalta que procura praticar jogar mais à frente para poder ajudar o ataque quando for necessário.
- Depende de como está a partida. Quando tem o Tenório, o Leonardo ou o Romário meu posicionamento muda. Fico como prefiro atuar, chegando do meio na área. Quando tem Eder Luis e Bernardo tenho que fazer essa função mais à frente. É complicado porque, como meia, estou sempre tocando na bola. Estou praticando e conseguindo ajudar. Todo mundo tem essa característica de rodar fora da área, então temos que nos comprometer a ficar com alguém dentro - afirmou.
Carlos Alberto tem um currículo recheado de títulos, que vão desde o Campeonato Carioca, pelo Fluminense, ao Mundial, pelo Porto (POR). Embora tivesse o potencial admirado por muitos no início da carreira, o meia de 28 anos não conseguiu se firmar na Seleção Brasileira. Franco, o jogador diz que gostaria de ter receber mais chances, mas se diz satisfeito pelo que já fez na carreira.
- Acho que a vida não é muito diferente do futebol. Lógico que eu gostaria de ter mais oportunidades. Acho que hoje eu faço o que posso. Tenho treinado, me esforçado bastante. Poderia, mas não aconteceu. Mas não me sinto frustrado, com a minha idade e os títulos que consquistei.. Sempre fui muito expansivo, sempre souberam o que eu pensava. Hoje sou diferente, tenho meus sonhos, mas os guardo. Tenho muita coisa para pensar, não dá para continuar cometendo erros de quando eu tinha 20 anos. Sou honesto e sincero de reconhecer que em alguns momentos não consegui. As críticas são válidas, mas se somar tudo o que eu fiz acho que está de bom tamanho - concluiu.
Fonte: Lancenet