Basquete: Confira entrevista com David Gaglianone, técnico da base do Vasco

Segunda-feira, 04/03/2013 - 06:35

Nos últimos anos, pouco se falou sobre o basquete do Club de Regatas Vasco da Gama. Nem nas mídias oficiais o trabalho feito em São Januário nesta modalidade é devidamente divulgado. De fato houve uma intensa decadência no esporte em São Januário após a fase gloriosa que durou até os primeiros anos do novo milênio. O último Estadual masculino que faturamos foi em 2001, e o último resultado expressivo foi em 2007, quando, por sinal, disputamos pela última oportunidade o Campeonato Estadual adulto (com uma equipe de Brasília que vinha pronta para jogar pelo clube, sem atletas da casa, fomos vice-campeões). A crise ficava cada vez mais aguda com o passar dos anos. O investimento na base diminuía, houve a interdição do ginásio em dezembro de 2011... Falta de informações e cobertura acerca de uma das modalidades que mais glórias deu ao clube.

Entretanto, profissionais abnegados e com bastante identificação com o clube permaneciam em São Januário durante todos esses anos, lutando contra muitas dificuldades e tentando manter vivo o basquetebol vascaíno. Figuras como Luiz Brasília (relembre a entrevista exclusiva que fizemos com ele) e Christiano Pereira se destacam nesse sentido (um com mais de quatro décadas de Vasco, outro com mais de duas) se destacam nesse sentido. O que impressiona no basquete vascaíno é que a imensa maioria dos profissionais atuais possui larga história dentro do clube.

Dentro deste quadro, se destaca David Gaglianone. Com 28 anos de idade, chegou ao clube, como jogador da categoria mirim, em 1998. Inclusive, para ilustrar o que estamos apresentando, foi treinando inicialmente por Brasília e posteriormente por Christiano. Hoje, compõe, ao lado dos dois, o restrito, porém competente e abnegado, quadro de treinadores do Gigante da Colina. David treina a criançada, acumulando quatro categorias (sub-12, 13, 14 e 15). O Vasco ainda possui as categorias sub-17 (treinada por Brasília) e sub-19 (treinada por Christiano), e luta, buscando patrocínios e outras maneiras de viabilizar um time adulto, que, além da evidente necessidade de honrar no alto rendimento a história do clube no basquete, também teria a importantíssima função de servir como espelho à garotada. Inclusive, David, na solícita e esclarecedora que concedeu ao ‘CRVG – Em Todos os Esportes’, parceiro do site SuperVasco e da Rede Só Dá Vasco, no departamento de basquetebol do clube, localizado numa das salas do inativo ginásio. Entretanto, o que podemos notar é que, mesmo com todas as dificuldades oriundas da falta de investimento, o trabalho de base vem melhorando ano após ano. Tanto é que o Vasco conquistou de maneira invicta o Circuito Estadual Pré-Mirim em 2012, com 12 vitórias em 12 partidas realizadas. A criançada comandada pelo ‘paizão’ David, que justamente alcançou na competição seu primeiro título como treinador, impressionou o basquetebol carioca com grandes atuações mesmo com uma estrutura inferior ao oferecido pelos principais rivais (clique aqui e relembre detalhes dos jogos que deram o título ao Vasco, na Gávea). O Vasco possui equipes, que estão com treinamentos a pleno vapor com vistas ao Campeonato Estadual, que se inicia em abril, em todas as categorias, exceto, é claro, o adulto. Sub-12, 13, 14, 15, 17 e 19 possuem o Gigante da Colina, que conseguiu acertar pendências junto à Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ) que poderiam tirá-lo das competições. Agora, o Vasco luta para que, mesmo sem o ginásio principal, possa executar seus mandos de quadra no ginásio II de São Januário, o Forninho. A tendência é de que o clube consiga, pelo menos até a categoria sub-15, isto. Entretanto, há o otimismo também quanto às categorias maiores. No ano passado, o Vasco mandou a imensa maioria de seus jogos na Associação de Basquetebol de Veteranos do Rio de Janeiro (ABVRJ), que se situa na Praça da Bandeira, no centro da cidade do Rio de Janeiro. A parceria foi renovada por mais 12 meses; ou seja, se não conseguir mandar no Forninho, o Vasco já tem lugar certo pra mandar deus jogos. Entretanto, para aumentar a identidade dos atletas com o clube e também para facilitar toda a logística que envolve partidas de basquete, a ideia é poder mandar os jogos na Colina.

Durante a entrevista, Gaglianone dá constantemente um enfoque na sua grande afinidade com os atletas de até, passando ainda por crianças, 15 de idade. Como ele mesmo fala, em muitos momentos ele atua como se fosse um pai para esses garotos.

- A maior parte desses meninos que foram campeões no ano passado a gente manteve, sendo que metade do time que foi campeão a gente continuou no pré-mirim esse ano. Eles chegaram muito novos aqui, o Brasília federou os garotos muito novos. Eu dei a iniciação a esses garotos em 2010, quando eu comecei a treinar aqui. Eu mantive uma afinidade com eles, até mesmo com os pais. Eu trato os garotos às vezes como se fossem meus filhos.

David também enfatiza a importante questão da responsabilidade social imanente à função de treinar crianças e adolescentes, no sentido de formar, além de atletas, também homens e cidadãos. Essa vocação sempre norteou a centenária história de nossa amada instituição.

- Converso muito com os pais aqui, e passo pra eles que eu não estou aqui pra apenas formar uma atleta, somente fazer o atleta ser um jogador de basquete, ser milionário, jogar na NBA, ficar famoso. Tento passar pros pais também que o trabalho aqui é pra formar o cidadão também, formar o homem aqui. Foi assim que eu aprendi, e é assim que eu gosto de ensinar.

Confira o bate-papo gostoso que fluiu durante quase uma hora de maneira bastante descontraída, no qual David nos conta toda sua história de 15 anos de clube, fala sobre a situação atual da base do Gigante da Colina, como é trabalhar com crianças e adolescentes, dá detalhes do seu comando vitorioso nas categorias menores... Enfim, faz um apanhado geral do basquete vascaíno, enfatizando as categorias as quais comanda. Confira!

Chegada ao Vasco

“Eu cheguei aqui em 1998 pra categoria mirim, o técnico da equipe era o Luiz Brasília. Eu já jogava basquete na escola, fizeram um convite porque eu frequentava a sede do Calabouço. Meu pai sempre foi sócio do Vasco, e eu frequentava a sede. Sexta-feira, fim de noite, meu pai ia pra lá, me via jogando basquete, falava pra eu começar no Vasco. Falei com o falecido José Luiz Velho, e ele me apresentou ao Brasília. Comecei a treinar com o Brasília nesse primeiro ano; eu lembro até hoje que na primeira partida que eu fiz perdemos feio pro Grajaú em São Januário. Eram todos garotos novos, tinha todo mundo entrado naquele ano, era a primeira partida do turno. E eu lembro que no returno, contra o Grajaú, nós ganhamos, após perdemos aqui de 50 pontos, algo muito absurdo, a gente ganhou de 10. Foi ai que o time embalou em 98. Chegamos à final, e perdemos pro Tijuca no detalhe. No ano seguinte eu comecei com o Christiano, e fui até 2005 com ele como técnico. Cheguei com 13 anos, em 1999 foi campeão com o Christiano, que até conta uma história de que eu fiz a última cesta, um esporro que ele me deu. Fui campeão em 99, 2000 eu fui campeão do infanto também, mas eu era infantil. Em 2001 também fui campeão, em 2002 e 2003 a gente foi vice. Joguei até 2004, 2005 eu fiquei fora. Eu já estava estudando, comecei a trabalhar no Vasco Barra. Em 2006 o Christiano pediu e eu voltei pra jogar na categoria aspirante, joguei meu ultimo ano. A gente foi campeão contra o Macaé fora de casa. Essa é a minha história. De 2005 pra cá eu já comecei a trabalhar no Vasco Barra, com as escolinhas. Até que em 2010 eu vim pra cá pra começar a dirigir o pré-mirim e o mirim.”

Por que você não prosseguiu carreira profissional no basquete?

“Joguei juvenil já estudando, na faculdade. Acabou que eu comecei a treinar numa equipe adulta que tinha, mas acabei desistindo, já estava desestimulado para jogar, comecei a pensar em estudar, e passar pro outro lado. Comecei a trabalhar no Vasco-Barra, fui mais pra esse lado de fora de quadra do que ficar em quadra. No ano seguinte teve um convite para fazer parte de uma outra equipe, a de aspirantes em 2006. De quem jogou comigo tem um garoto que está no Tijuca, mas a maioria parou, hoje em dia é engenheiro, policial, com família. A maioria assim. Da minha geração, de 13 a 15 atletas, deve ter uns dois ou três que ainda jogam. Tem um que joga no Joinville. Todo mundo parou mesmo e foi pro outro lado, pra estudar, seguir outra carreira.”

Diferença entre as épocas (como jogador e posteriormente como treinador)

“Eu peguei as duas fases, assim como Brasília e o Christiano. Agora como treinador. Como atleta, naquela época a gente tinha outra estrutura, tinha um ginásio reformado, muito novo em 1999, reformaram o ginásio. Em 98 o ginásio ainda estava meio caidinho. Ginásio muito novo, muitos profissionais trabalhando, um técnico pra cada categoria, dois preparadores físicos na base toda. Hoje em dia a gente tem três treinadores, um preparador físico e um estagiário, e mais um fisioterapeuta e um roupeiro. Na época tinham dois roupeiros, era um fisioterapeuta e um massagista. A estrutura, o corpo/comissão técnica mudou muito. A gente tinha um ginásio novo pra treinar, pra jogar, e hoje em dia a gente que treinar a equipe numa quadra externa. Quando chove, alaga e a gente não treina; o Forninho hoje em dia quando chove forte alaga também, a gente também tem que parar o treino, trabalhar de uma outra maneira pra não colocar em risco o atleta. Essas são as diferenças.”

Titulo invicto do Circuito Estadual Pré-Mirim em 2012

“A maior parte desses meninos que foram campeões ano passado a gente manteve, sendo que metade do time que foi campeão a gente continuou no pré-mirim esse ano. Eles chegaram muito novos aqui, o Brasília federou os garotos muito novos. Eu dei a iniciação a esses garotos em 2010, quando eu comecei a treinar aqui. Eu mantive uma afinidade com eles, até mesmo com os pais. Eu trato os garotos às vezes como se fossem meus filhos. Quando falta alguma coisa... Jogo do pré-mirim não tem transporte do clube, eu e o Cássio temos que levar os garotos, buscar, levar em casa depois do jogo. Os pais ajudam muito em relação a isso. Eu trato como se fossem meus filhos, os pais estão sempre me ligando pra saber como é que está, se o garoto está indo bem, se está treinando. Tenho esse relacionamento com os pais desses garotos.”

“Primeiro de tudo pra mim foi muito bom porque foi meu primeiro titulo como treinador. Minha carreira como treinador tem quatro anos, então pra mim foi muito bom no terceiro ano ter um titulo. Eu já vinha nessa categoria beliscando, no primeiro ano fiquei em segundo, no segundo ano em terceiro. Eu estava querendo esse titulo, consegui formar essa equipe ano passado, porque era uma equipe forte pra jogar. Foi muito bom, também pros garotos. Eles jogavam com alegria, vinham treinar com vontade, não faltavam aos treinos. Se eu marcasse treino sábado eles estavam ai pra treinar, sexta-feira no início da noite. A minha relação com os pais, os próprios tinham esse confiança. Se eu marcasse treino pra domingo, os garotos estavam aí pra treinar, sem problema nenhum. Então pra mim foi muito especial, foi um grupo que eu consegui formar que eu considero como se fossem meus filhos, tenho um carinho muito grande por todos eles.”

Thiaguinho, destaque das equipes sub-12, 13 e 14

“O Thiaguinho é um jogador com quem eu me identifiquei muito quando eu cheguei aqui. Eu tenho um carinho muito grande, eu pego em casa, ele mora na Barreira, levo pra casa depois do jogo. É um jogador em quem eu tenho muita confiança na minha equipe. Ano passado ele tinha 11 anos, vai fazer 12 esse ano, ele era capitão na minha equipe de 14, foi um dos cestinhas do campeonato de sub-14, cestinha de três pontos do campeonato de 13. Um jogador em quem eu fico no pé o tempo todo, mas ele sabe que tem uma responsabilidade a mais. O piano pra ele pesa mais do que pros outros.”

Como manter esses atletas mesmo com tanto assédio

“Justamente através da confiança que os pais têm no meu trabalho. Converso muito com os pais aqui, e passo pra eles que eu não estou aqui pra apenas formar uma atleta, somente fazer o atleta ser um jogador de basquete, ser milionário, jogar na NBA, ficar famoso. Tento passar pros pais também que o trabalho aqui é pra formar o cidadão também, formar o homem aqui. Foi assim que eu aprendi, e é assim que eu gosto de ensinar. Tem que formar o homem aqui primeiro, tem que ter o caráter, a responsabilidade, cumprir o horário. E os pais eu acho que gostaram dessa maneira, e mesmo eles sendo muito novos, por mais que tenha tido assédio de clubes de fora pra levar os garotos, os meninos preferiram ficar, com a confiança que têm comigo aqui.”

Diversidade social entre os atletas do Vasco

“Você vai no Flamengo, no Botafogo, nos clubes da zona sul. Numa equipe com dez jogadores, nove são de classe social alta, um de baixa. Você vai ao meu time é o contrário, tem muitos atletas que são aqui da comunidade. O próprio Thiaguinho é daqui da comunidade.”

“Eu não quero saber se o atleta é rico ou pobre, se mora na favela, isso não me importa. O que eu quero é ajudar de uma forma esses garotos, ajudar no caráter. Eu acho que tenho essa responsabilidade como formador e educador. A minha profissão tem esse lado também.”

De escolinhas gratuitas a escolinhas pagas

“Há 15 anos, quando eu cheguei, a escolinha aqui era gratuita. Eu lembro que eu treinava com a equipe mirim, e fazia um pedaço do treino com a escolinha. Era algo assim perto de 100 alunos de escolinha. Hoje a escolinha é paga; em 2010, quando eu cheguei como treinador, a escolinha era gratuita. O Brasília e o Christiano conseguiram colocar a escolinha gratuita, devia ter aqui em 2010 uns 20 alunos. A partir de 2011 a escolinha voltou a ser paga. Em 2011 e 2012 eu fiquei com por volta de 10 alunos. Esse ano até agora só apareceram dois alunos. Um mês de aula, de treinos, e não está tendo procura nenhuma.”

“A gente que ter a quantidade, porque fica mais fácil você tirar a qualidade de um grupo que tem quantidade. A gente precisa estruturar primeiro a base, trabalhar embaixo, pra gente poder ter um time bom, forte no adulto.”

Balanço do ano de 2012

“O sub-13, o 14 e o 15 ficaram em sétimo, são as minhas equipes. O mirim a gente teve muitas dificuldades porque era um time novo, a base era do sub-12. A gente acabou jogando com jogadores um ou dois anos abaixo da idade. Dos 10 que jogavam, quatro tinham 13 anos. Os outros seis eram jogadores de 11 ou 12 anos. E estes jogavam, participavam mesmo. O sub-14 nós demos mole em alguns jogos, acontece. A gente acabou se classificando mal, e na fase final nós pegamos times que investem mais e não conseguimos passar. Times que dão ajuda de custo, um curso de inglês, dinheiro da passagem, lanche. Os outros clubes conseguem atrair mais atletas com qualidade, enquanto a gente coloca pra jogar de graça e sem ganhar nada. A gente aqui hoje, o que eu tenho pra oferecer - vieram dois jogadores de fora pro 15, um do Central e outro do Municipal - é a escola que a gente tem aqui dentro. Os outros clubes possuem mais coisas a oferecer.”

Prejuízos com problemas com a estrutura física, sobretudo ausência do ginásio

“A falta de ginásio atrapalha porque jogo todos os jogos fora de casa, o fator casa pra mim não existe. Treino em duas quadras diferentes, a externa o Forninho, e jogo numa terceira quadra. Isso pra um garoto iniciante faz muita diferença. Eles perdem as referências de quadra, tamanho de quadra. Tem o sub-17 e o 19, que treinam na Associação. Jogam pelo Vasco e não conhecem como é o clube, nunca entraram no clube. Tem jogador lá que joga no Vasco e você pergunta 'já foi no Vasco?', e ele responde 'não, nunca fui'.”

O problema da ausência da referência de um time adulto para a base

“Falta essa referencia em cima pros garotos, falta o espelho. Os garotos falam isso, eles comentam que precisava ter, atrapalha na hora de atrair atletas pro clube. A maioria dos atletas quer jogar onde tem time adulto. Esse ano eu escutei de um atleta de 13 pra 14 anos que estava querendo sair porque pro clube que ele estava querendo ir tinha os adultos. Isso com 13 pra 14 anos, você vai pensar em adulto quando tiver 17, 18 anos. Você vai jogar adulto com 14 anos? Não vai. No passado, quando eu jogava, eu cansei de assistir a treino do time adulto, ou então estar jogando e ter o time de adulto sentando na arquibancada assistindo, o Charles Byrd entrando no vestiário pra dar parabéns por uma vitória, ou então pra cumprimentar. Ele, o Vargas, Rogério, Demetrius, era muito diferente. A estrutura era outra.”

Perspectivas pro Campeonato Estadual

"No sub-12 e no 13 eu acredito que a gente venha mais forte do que no ano passado. Nas outras, 14 e 15, estou achando que a gente vai vir no meio, embolado com alguma equipes, tentando chegar a mais do que a gente chegou ano passado. O 17 acho que formou uma equipe forte neste ano, conseguiu manter a maioria dos atletas que disputaram ano passado na categoria, a maioria no ano passado com 16 anos; ficaram pra esse ano. O time continua forte. E acredito também que do 17 a maior parte dos atletas vá disputar o sub-19. A gente tem poucos atletas do 19, e a maior parte do 17 vai dobrar, o que a gente chama quando se joga em mais de uma categoria.”

“Eu não vi um treino do sub-17 ou do sub-19, é simultâneo aos das minhas categorias, eu sei quem está lá treinando, mas não sei como é o treino. Nas categorias em que eu dou treino, o no 14 e no 15 o meu objetivo é tentar é chegar numa semifinal. No 12 e no 13 é chegar a uma final, no 12 eu pretendo se campeão. No papel eu tenho time talvez pra chegar.”

Possibilidade de voltar a ter time adulto

“A gente tem um diretor novo aí [Francisco Vilanova, conselheiro do clube e anteriormente vice-presidente da Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro – FBERJ] que tem essa ideia de montar um time pra disputar o Cariocão pro final do ano, acho que agosto ou setembro. Ele está com essa ideia aí, vamos ver como se dará, se virá mesmo, se vai vingar ou não.”

Fortalecer a base como receita do sucesso a médio/longo prazo

“A gente trabalha pra isso, trabalha cada vez mais. A gente precisa melhorar e estruturar a base pra poder almejar alguma coisa lá em cima.”

Possibilidade de o Vasco mandar seus jogos em 2013 no Forninho, em São Januário

“Ele [Brasília] me passou aqui num treino que eles estavam querendo que a gente jogasse em todas as categoria lá. É o que eu falei, pra mim é muito bom, vai me ajudar. Porque na hora de um arremesso de um garoto de 12, 13 anos faz uma diferença. Ele treina sempre numa quadra e vai jogar em outra. Então pra mim é muito bom. Jogar todos os jogos lá pra minha categoria seria excelente. Acho que o sub-17 e o 19 seria um pouco complicado por causa do espaço que tem no final da quadra pras paredes [área de escape].”

O que o vascaíno que gosta de basquete pode ajudar nesse processo de reconstrução

“Comparecer, divulgar mais o nosso basquete, onde serão os jogos, se os jogos vão acontecer aqui no Forninho, ou na Associação. Comparecer, prestigiar os nosso garotos. Acho que eles precisam um pouco disso. Eles gostaram quando na Gávea ano passado a torcida chegou lá, faixa. Eles viraram pra mim e falaram 'hoje tem torcida'. Isso mexe com a cabeça deles, fica nervoso, não estava só os pais deles torcendo, tinha gente que eles não conheciam torcendo, gritando. Pra isso acontecer mais vezes, virar uma rotina dentro do clube. Isso em todas as categorias, por que eu acho que na hora do ‘vamos ver’ no jogo, aquela bagunça do lado de fora, isso motiva, age positivamente. Os nossos atletas se pressionam, atrapalha os atletas adversários. Isso mexe um pouco com o garoto.”

David Gaglianone, técnico da base do Vasco, sentado, com a prancheta


Fonte: Blog CRVG Em Todos os Esportes - Supervasco