Na parte final do treino, Dedé e Bernardo são destacados do restante do grupo e, sem alarde, encaminhados para uma das balizas de São Januário. Juntos, buscam a perfeita afinação de uma jogada que já foi mortal a favor do time e que tem tudo para fazer a diferença novamente.
Cada vez mais preciso nas bolas paradas, Bernardo ficou responsável pelas cobranças de escanteios. E as batidas tinham sempre endereço certo: a cabeça de Dedé, que, do alto dos seus 1,93m, costuma levar a melhor nas jogadas aéreas.
Durante a atividade, Bernardo testou pelo menos duas batidas diferentes, que já tem feito em alguns jogos: com o lado do pé, colocando mais força, e com o peito do pé, tirando o peso da bola. Dedé mostrou bom aproveitamento em ambas as formas e fez alguns gols de cabeça.
Companheiro de Dedé na zaga, Renato Silva acredita que essa jogada pode dar cada vez mais certo e explica a diferença das batidas.
– Essa bola que ele (Bernardo) bate reto, viajada, você não tem o tempo certo, porque ela vai subindo, subindo, e bate lá atrás. Essa outra é entre o primeiro pau e o goleiro. A gente vem correndo para frente. O Dedé sempre aprimora esse fundamento (cabeceio). É uma jogada muito forte – elogiou o zagueiro do Cruz-Maltino.
Com Bernardo de volta ao time titular, a jogada tem sido cada vez mais ensaiada nos treinos. Este ano, ela deu certo uma única vez. Contra o Resende, pela Taça Guanabara, o meia cobrou escanteio e Dedé marcou de cabeça.
Companheiros elogiam batida de Bernardo
Para os jogadores cruz-maltinos, a equipe tem um ganho considerável na bola parada com Bernardo em campo, seja nas cobranças diretas para o gol, seja nos cruzamentos para a área.
Sem Bernardo, Wendel vinha sendo responsável pela bola parada. O camisa 31 ficou no banco de reservas em três rodadas seguidas e voltou a ser titular no último jogo.
– Sem dúvida, o Wendel bate muito bem na bola. Temos outros que também batem, mas tem de sair e deixar essa bola para o Bernardo, porque, quando ele bate essa bola, sempre é um perigo para o adversário. Tem de deixar ele bater: direto, escanteio, aquela falta lateral, que é muito difícil para o adversário também... – ressaltou o zagueiro Renato Silva.
Fonte: Lancenet