Juninho Pernambucano agora veste as cores do New York RB, dos Estados Unidos, mas ele não esqueceu do ex-clube. Aos 38 anos, ele revela que torce pelo Vasco, mesmo de longe, enquanto se prepara para disputar o Campeonato Americano, que inicia no próximo domingo. Uma das estrelas do time, ao lado do francês Thierry Henry, o meia sonha se tornar ídolo no novo clube antes de encerrar a carreira e admite que não esperava que a despedida dos gramados acontecesse longe de São Januário (assista ao vídeo).
- Quando voltei para o Brasil não achava que iria terminar minha carreira fora do Vasco. Mas, depois de tudo que aconteceu, achei que seria arriscado fazer mais um ano do jeito que foi feito. Continuo torcendo pelo clube e porque não o Vasco, ganhando a Taça Guanabara, já volta a conquistar um título e volta a crescer e, como sempre mereceu, a ficar entre os melhores do Brasil - disse.
Descontente com o que acontecia nos bastidores do time carioca, Juninho Pernambucano deixou a equipe reclamando de falta de organização, salários atrasados e interferências políticas no dia a dia do clube. Ter encontrado um cenário totalmente diferente em Nova York pesou na escolha.
- É bem melhor para o atleta profissional que seja tudo bem organizado e você se preocupe apenas em jogar - afirmou.
Principal contratação do New York RB, o meia recebeu elogios do técnico Mike Petke e do companheiro Thierry Henry, campeão do mundo pela seleção francesa em 1998 e uma das estrelas da equipe. Juninho surpreendeu já na pré-temporada, principalmente pela forma física e técnica e pelo talento na bola parada.
- Vi algumas partidas dele, de quando voltou ao Vasco. As pessoas não percebem que ele foi um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro, algo que não é tão fácil. Espero que ele possa jogar tudo o que esperamos dele - declarou o francês.
Apesar de muitos colocarem seu futebol em dúvida, em função da idade, ele garante que ainda pode render muito, como demonstrou em seu retorno ao Vasco.
- Esse é o desafio, mostrar que ainda jogo em alto nível porque sempre tem aquela dúvida sobre jogador mais velho, se é capaz ou não. Faço o que eu gosto, futebol é minha paixão, minha vida, e me sinto privilegiado de jogar aos 38 anos. Espero que eu possa me apresentar muito bem, representar o Brasil, como sempre, e me tornar um ídolo aqui no Red Bull - disse.
O New York RB estreia na Major League Soccer no próximo domingo, contra o Portland Timbers, fora de casa.