Nota da Oposição
A imagem e o prejuízo do Vasco
Encerrou-se hoje uma discussão que já perdurava mais de quatro anos.
O Vasco firmou acordo com o atleta Romário em maio de 2004, com o fim de lhe pagar valores devidos pelo clube desde o ano 2000.
O clube pagou 48 parcelas do acordo e diminuiu a dívida de 22,5 milhões para 13,9 milhões em junho de 2008.
Após a chegada do malfadado MUV no poder junto a Dinamites, Rochas, Mandarinos e afins, os luminares chegaram à conclusão que o calote era o melhor caminho para o futuro.
Embora tenha sido deixado no próprio clube documentos que comprovavam a dívida de Romário, a confissão de dívida datada de 2004 é um deles, o caminho torpe utilizado foi o de não reconhecer a dívida e expor a imagem do Vasco como a de mau pagador, uma vez que era evidente a todos não só a existência da dívida como o pagamento dela por quatro anos.
Assim, por intermédio do Sr. Nelson Monteiro da Rocha, vice de finanças, com anuência do “presidente” do clube, Roberto Dinamite, a dívida foi simplesmente retirada do balanço do clube e partiram declarações das mais bizarras por parte dos “gestores” à época.
Após já ter declarado aos Conselhos do Vasco e à mídia que a dívida existia e estava sendo paga por anos, bem como os prejuízos financeiros, morais e institucionais oriundos do calote, Eurico Miranda obteve junto ao voto do Conselho Deliberativo do Vasco, em outubro de 2011, a garantia de que a dívida voltaria a constar no balanço do clube, a partir dali. O Vasco poderia, então, partir para a continuação do pagamento, após novo reconhecimento da existência da dívida.
Em dezembro de 2011, entretanto, por iniciativa (diga-se de passagem, irresponsável) do grupo Cruzada Vascaína, descomprometido com a imagem e os deveres do Vasco para com seus credores, sugeriu-se a votação criminosa para retirada da ata (votada na reunião anterior por ampla maioria) da dívida do Vasco para com Romário. Vale ressaltar ter sido mentor deste grupo, na ocasião, o bravo Nelson Monteiro da Rocha, responsável pela apresentação do balanço patrimonial mais indecente da história do Vasco apresentado ao grande público em abril de 2012 (referente ao ano de 2011).
Com isso, Romário decidiu ir à Justiça contra o Vasco. Pasmem os senhores, ao invés do clube buscar rapidamente um acordo e resolver de vez a questão, preferiu passar ao público uma imagem negativa de Romário, sugerindo até um estelionato do atleta, tendo como parceiro Eurico Miranda.
A fórmula era tentar denegrir o ex-atleta e o presidente do Conselho de Beneméritos do clube, envolvendo todas as pessoas que participaram da celebração do acordo, bem como os que satisfizeram o pagamento por quatro anos, como representantes do Clube dos 13, de onde saía o valor recolhido pela Romário Sports e Marketing em todo o período citado mais acima.
No intuito de jogar para a arquibancada, “dirigentes” do Vasco chegaram a afirmar sua intenção de ir à Justiça, a fim de que Romário devolvesse todo o dinheiro devido, com juros e correções, chegando a um valor de 20 milhões de reais, segundo os exóticos “administradores”, tido por eles como devidos pelo atleta ao Vasco.
No mundo real, Romário obtinha uma vitória atrás da outra e a dívida que estava em 13 milhões (conforme o próprio atleta declarou em juízo na tarde de hoje em audiência realizada na 47ª Vara Cível), passou para 60 milhões, fruto dos mais variados descumprimentos do contrato e reajuste de valores.
Hoje, finalmente, após 13 meses de exposição do Vasco ao ridículo, declarações das mais infelizes, negadas em juízo (diga-se de passagem), quanto a acusações infundadas, muita conversinha fiada por parte dos defensores do calote, usando de subterfúgios para justificá-lo, Romário aceitou um acordo por valores que só vieram a demonstrar o sujeito de caráter que é.
Embora tivesse o direito de – por contrato – vir a receber cerca de 60 milhões de reais (o Vasco afirmava que tinha 20 milhões a receber do Baixinho), acertou com o clube o pagamento, por parte deste, de algo em torno de 22 milhões de reais, entre o valor já depositado em juízo, principal, mais correção monetária.
Diante disso, o Vasco teve um prejuízo financeiro na ordem de oito milhões de reais, mas, muito mais do que isso, se viu desmoralizado, após tantas narrativas, textos, declarações, discursos, entrevistas, afirmações, ilações, acusações e notória irresponsabilidade de quem se pôs conscientemente contra a instituição e seus deveres para com terceiros.
Como resumo disso tudo, hoje mesmo pela manhã, horas antes do acordo, o vice-jurídico afirmou que não aceitaria um acordo, tratando como desmoralizado o escritório contratado pelo Vasco se o fizesse.
Desmoralizados estão todos, do “presidente” ao mais reles ancilar, mas infelizmente para o Vasco a desmoralização não é só de ordem pessoal. O clube, a instituição, por ter gente em seus quadros desta estirpe foi também desmoralizada perante à opinião pública no episódio.
A oposição do Club de Regatas Vasco da Gama, liderada pelo Casaca!, vem de pronto aqui tecer os maiores elogios a quem assinou um acordo e o cumpriu e a quem teve tudo para enterrar a faca no Vasco, mas não o fez.
A verdade prevaleceu mais uma vez, mas isso não basta. Os cancros existentes no Vasco hoje precisam ser extirpados, pois mais e mais prejuízos ao clube serão proporcionados por essa gente, enquanto ainda estiverem por lá.
Associe-se ao Vasco e dê um basta em 2014 a tanta irresponsabilidade e inconsequência.
Você faz parte dessa história, vascaíno. Cumpra o seu papel!
Casaca! com Chapa!
Equipe Casaca!
Fonte: Casaca