O São Paulo anunciou na última quinta-feira a contratação do jovem lateral-direito, de 17 anos, Foguete. O atleta, sem contrato há pouco mais de 40 dias, deixou seu ex-time, o Vasco, alegando não ter recebido salários e outras obrigações do clube cruzmaltino.
O caso lembra um imbróglio envolvendo a equipe carioca e o Tricolor ocorrido no ano passado, quando o até então coordenador técnico das categorias de base são-paulinas, René Simões, vetou a vinda do atacante vascaíno Mosquito - oferecido por um empresário - ao Morumbi. Para René, a negociação feria o código de ética (do qual ele é um dos fundadores), acatado pelos 40 clubes das Séries A e B do Brasil, de não aceitar contratar jogadores jovens por meio de agentes, sem comunicação entre os clubes.
- Em outra oportunidade, lá atrás, tentamos trazer outro jogador do Vasco, o Mosquito, em uma situação parecida e optamos naquele momento, com o René como nosso funcionário, de declinar junto ao presidente do Vasco a sua contratação. Ele (Mosquito) foi para outro clube, e certamente ele foi prejuidicado, hoje poderia estar em um clube de expressão, como o São Paulo Futebol Clube - disse o vice de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, na chegada do São Paulo ao Cícero Pompeu de Toledo para o jogo contra o Linense, neste sábado.
Ainda, o dirigente são-paulino falou sobre a saída de René Simões do Tricolor e crê que o ex-coordenador da base tenha tomado um rumo não tão bom na carreira.
- Eu entendo o René e gosto muito do René, ele é sério e é um dos bons valores que temos no futebol brasileiro. Mas temos que entender as dificuldades que ele está atravessando, o clube dele não paga nem o porteiro. Geralmente isso gera na pessoa uma terrível angústia. Lamentavelmente, gosto muito do René, mas ele amarrou o burro no lugar errado - completou João Paulo.
Fonte: Lancenet