Contratado em janeiro, Rodrigo Dinamite ainda não entrou em campo pelo Duque de Caxias. Hoje, nem no estádio Moacyrzão ele vai passar perto. Longe de São Januário, onde o pai-presidente ainda enfrenta crise política e financeira gravíssima, o garoto de 20 anos se adapta à nova realidade em Xerém.
No estádio Romário de Souza Faria, o Marrentão, "Dinamite", como é chamado pelos companheiros, busca seu lugar na janela do time com algumas dificuldades. A maior delas, indiretamente, veio de dentro de casa. O contrato de Rodrigo com o Vasco foi estendido até o fim do ano, quando acaba o empréstimo dele com o Duque. Porém, a demora na regularização do novo vínculo atrasou sua inscrição. Resultado: ele só tem condição de jogo para o segundo turno.
Por enquanto, participa apenas dos treinos físicos, de finalização e fica fora dos coletivos do time.
— Por enquanto não faz sentido ele participar dos coletivos, até porque ele não pode jogar. Mas depois ele que vai dizer a que veio. Terá chance como todos jogadores — garante o vice-presidente Alan de Paula.
Mesmo fora da partida, a presença de Rodrigo, no primeiro confronto contra o time que fez a história e a fama do pai, chamou a atenção. Foram mais de 20 pedidos de entrevista. Todos negados pela assessoria de imprensa do jogador para tirar os holofotes sobre o garoto.
Quem convive de perto com Rodrigo no Duque de Caxias descreve o Dinamitinho como um garoto tranquilo, muito educado e gentil. De carro próprio, ele faz o trajeto Barra-Xerém todos os dias. Mas a vida social ainda é com os amigos do Vasco.
Pelas redes sociais é possível encontrar registros de encontros com Marlone, Guilherme Costa e outros jovens que já chegaram ao profissional do time do pai.
Golaço em amistoso
Sem balançar as redes há algum tempo, graças à uma contusão que praticamente minou suas chances no time de juniores do Vasco, Rodrigo já teve o prazer de comemorar um gol pelo novo time. Em jogo-treino contra o Angra dos Reis, na semana passada, ele fez gol olímpico.
— Tinha batido o primeiro mais aberto. No segundo eu fechei, o goleiro deu mole. Não foi bem olímpico — explicou, modestamente, para um companheiro de time. A chance de mostrar o talento, independentemente do sobrenome, ainda vai chegar.
Fonte: Extra