Em sua primeira entrevista coletiva após o início da temporada, Dedé não fugiu das perguntas sobre o assédio do Corinthians, que sofreu principalmente no mês passado. O zagueiro negou ter intenção de deixar o Vasco no momento, mas elogiou os paulistas. O atual campeão mundial chegou forte na tentativa de tirá-lo do Cruzmaltino, mas o negócio não prosperou.
“Era uma situação muito boa, pelo clube que é, pelo que tem de grandeza. Mas todo mundo sabe que meu foco hoje é o Vasco. Só penso no Vasco. Muitos disseram que isso [o assédio] atrapalhou, mas nunca passou pela minha cabeça sair daqui. O que me atrapalhou foi o excesso de confiança”, disse Dedé.
Dedé revelou que até mesmo a psicóloga do clube quis saber se o assédio havia mexido com sua cabeça. Mas o zagueiro reiterou que a principal causa para suas falhas no Carioca estão ligadas apenas ao excesso de confiança.
“Não mudou minha cabeça. Está a mesma coisa. Conversei com a Maria Helena [psicóloga do clube] e ela falou que estava me achando diferente, meio pensativo. Falei que não, que eu brinco no vestiário como sempre. O problema foi mesmo autoconfiança, achar que poderia ajudar de uma forma que não tinha nada a ver, com a saída de bola, estava exagerando muito”, disse o zagueiro.
O zagueiro também comentou a experiência como capitão da equipe nesse inicio de temporada. Dedé admitiu que não se enxergava com perfil de líder, mas que tem aprendido muito com outros companheiros de elenco.
“Ser capitão para mim não mudou nada. Não me via com o perfil ideal para isso, mas tenho liderança normal, já são quatro anos de Vasco. É normal ter essa liderança. Mas muitos aqui se sentem capitães, como Carlos Alberto e Wendel. Eles ajudam muito e me ajudam a ter percepções boas também. São pessoas que tem experiência, ajudam. Até por isso achava que meu perfil ainda não era melhor. Mas eles me ajudaram e tenho aprendido”, encerrou.
Fonte: UOL