Corinthians, DIS e os empresários de Dedé decidiram na noite da última quinta-feira parar de insistir com o Vasco pela liberação do zagueiro agora. A intenção do Timão era tê-lo para a Copa Libertadores, mas o prazo de inscrições para a primeira fase se encerra na segunda-feira, e o negócio é considerado inviável.
As conversas seguirão, mas a próxima cartada só virá em julho. O clube carioca já havia declarado que só pensa em negociá-lo a partir deste período. No dia 6 de fevereiro, o diretor geral do Cruzmaltino, Cristiano Koehler, confirmou que uma nova investida da DIS havia chegado, mas que havia recusado novamente.
- O Vasco, na troca de parceiro, comprometeu-se a não executar a saída do Dedé agora. O Dedé não quer sair de uma forma áspera, que deixe uma rusga. Vamos ver os próximos capítulos. Futebol nunca se sabe, mas hoje o quadro é esse, de ficar até o meio do ano - disse ao LANCE!Net o empresário do jogador, Magrão.
Depois deste dia, pouco antes do Carnaval, Dedé chegou a conversar com Cristiano e voltou a falar que gostaria de sair. No entanto, aceitou os argumentos pela permanência até o meio do ano, com a promessa verbal de que será liberado em julho. Ele ouviu que sua venda agora afetaria o moral da nova diretoria e arranharia a imagem do presidente Roberto Dinamite. O Vasco perdeu jogadores importantes no início do ano, como Fernando Prass, Juninho Pernambucano, Felipe e Alecsandro. Até julho, o clube também terá tempo para encontrar um reforço de peso para "compensar" a futura saída do Mito.
- O bom senso existe, o contrato entre investidor e Vasco existe também. Não pode ser agora, a gente entende as razões do clube. Mas em julho pode. Daqui quatro meses é julho, então vamos esperar. Quem sabe acontece o que desejamos - afirmou Magrão.
No dia seguinte à conversa com o zagueiro, Koehler, que recebia ligações diárias dos representantes, informou à DIS que o próprio Dedé havia topado ficar e mandou avisar o Corinthians para que parasse de ter esperança. As partes conversaram nos últimos dias e concordaram que não havia mais o que fazer.
No Parque São Jorge, a visão é que faltou uma participação mais enérgica de Dedé. Em todo momento, ele preferiu deixar a negociação nas mãos dos empresários, mesmo autorizando as propostas, e disse que só sairia se o Vasco aceitasse. Ele já havia se recusado a entrar na Justiça quando estava com salários atrasados, e também pediu para que sua saída não fosse por meio do pagamento da multa rescisória - era de 7 milhões de euros e passou para 10 milhões de euros (R$ 27 milhões).
- A nossa preferência ainda é um grande clube do Brasil. Se for para a Europa, depende do clube, teria de ser um clube grande, com ótimas condições. Não seremos radicais em não querer isso ou aquilo. Mas a preferência é uma transferência para o Brasil - concluiu o empresário.
Com isso, a novela, que se arrastou de dezembro até fevereiro, será interrompida e voltará apenas em julho.
Fonte: Lancenet