Embora tenha chegado e assumido imediatamente a lateral direita do Vasco, Nei acredita ainda estar longe de sua forma ideal. No empate em 1 a 1 contra o Fluminense, no último sábado, o jogador atuou com mais desenvoltura que na estreia, contra o Bangu, na semana anterior. O atleta acredita que com a sequência de jogos pode alcançar o auge de seu futebol.
“Falta muita coisa ainda. É só o começo. Fiquei dois meses sem atuar e não estou no meu auge na parte física, técnica e tática. Não adianta só treinar, só posso melhorar com os jogos. Já cresci muito nesse clássico contra o Fluminense. Estive mais tranquilo. Não que estivesse nervoso na estreia, mas havia certa ansiedade. Nesse jogo errei menos”, analisou Nei.
Engana-se, no entanto, o torcedor que acredita que a adaptação ao clube transformará Nei num jogador mais agudo no apoio. O próprio lateral se descreve como bem mais defensivo que Fágner, último a fazer sucesso na posição pelo Vasco.
“Não sou como o Fagner, que tinha a característica de correr e apoiar muito. Procuro apoiar quando posso. Cada um tem que usar suas características. Chego no apoio, mas meu principal ponto forte é a marcação. Fecho o espaço e dou resguardo para os que avançam”, disse o lateral, que também não descarta fazer partidas mais ofensivas. “Depende do jogo. Já teve jogo em que achei que iria apenas marcar e apoie muito, marquei gol. Às vezes, chega no jogo e tem espaço, você tem que apoiar”, completou.
Outra característica que Nei exibia nos tempos de Internacional e que planeja trazer para os jogos pelo Vasco é a batida apurada na bola. O jogador experimentou uma cobrança de falta durante o clássico contra o Fluminense, no último final de semana, mas sabe que enfrentará a concorrência de Carlos Alberto.
“Estou treinando bastante. Mas o Carlos Alberto conheço há muito tempo. Me deu muita força no Corinthians quando subi. Sempre respeitarei muito ele. Quem estiver mais confiante tem que pegar e bater. Em uma das faltas, pedi e ele nem encostou na bola”, lembrou Nei, que elegeu outro jogador como destaque neste quesito no elenco.
“O Bernardo é o melhor que já vi batendo na bola. É diferenciado”, encerrou.
Fonte: UOL