Apelidado de Caldeirão pela torcida, São Januário não tem sido palco de grandes momentos para o Vasco, ultimamente. O time terminou 2012 com uma sequência de cinco partidas sem vencer em casa e neste ano perdeu por 1 a 0 para o Bangu na última vez em que atuou em seu estádio. Neste domingo, o time cruz-maltino volta a jogar em seus domínios, desta vez contra o Audax, e fazer as pazes com seu campo é fundamental para conquistar a classificação à semifinal da Taça Guanabara.
Para os jogadores, a atuação em São Januário é, ao mesmo tempo empolgante, por conta do apoio, e mais complicada, devido à pressão dos torcedores pela rápida construção do resultado positivo. Os mais experientes, entretanto, lembram que isso faz parte da cultura do vascaíno e entendem que é preciso saber lidar com a situação.
- Cada ano tem a sua dificuldade. Neste ano há vários jogadores que nunca atuaram juntos. Esse é um dado, não é uma desculpa. Aqui existe uma ansiedade grande dos torcedores. Eles querem ajudar, mas algumas vezes não sabem como transmitir isso, e os jogadores acabam não interagindo esses torcedores. Assim, como existe a necessidade de vencer, as coisas acabam não saindo como a gente quer. Acho que neste domingo vai ser mais tranquilo, pois os mais experientes vão dar suporte aos mais novos. Sabemos tudo o que fazer, então é preciso colocar em prática - explicou o meia Carlos Alberto.
Ao lado do meia, Renato Silva assistiu de um camarote de São Januário a derrota do Vasco por 1 a 0 para o Bangu e observou que o comportamento da torcida também é guiado pelo momento de dificuldade vivido pelo clube.
- A torcida é exige, e eu sabia que o time seria cobrado depois da derrota para o Flamengo. O Vasco foi campeão da Copa do Brasil, empatou a partida seguinte e São Januário, e os jogadores foram vaiados. Por isso é preciso personalidade para encarar essas situações. Futebol não é só alegria, tem que passar por cima disso - frisou.
Fonte: GloboEsporte.com