O prefeito Eduardo Paes tirou o primeiro dia do Grupo Especial para sambar na Marquês de Sapucaí e reverenciar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Entre um gole de refrigerante diet e outro (foram pelo menos 10 latinhas) na pista, Paes sambou, se ajoelhou na frente de rainhas de bateria, empurrou carro alegórico, regeu a bateria da Portela. E no fim chegou a deitar num balcão de lanchonete para tirar fotos com funcionários. Paes não quis dar entrevistas nem para avaliar o desfile da Portela.
O prefeito adotou um visual informal na Avenida: chapéu panamá com um laço com as cores da escola e camisa identificando.
Não que a Marquês de Sapucaí não tenha sido cenário de político. Em uma frisa no setor par, o desfile era acompanhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que trocou cumprimentos com o prefeito. O jejum de FH na Sapucaí durou cerca de 20 anos, incluindo os oito anos de mandato (1994-2002).
—Como sempre, foi um espetáculo fantástico — disse Fernando Henrique.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou parte dos desfiles na pista ao lado do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral. O ministro chegou a trocar abraços com o prefeito. Há um ano, Paes fez severas críticas a Padilha depois da divulgação de um estudo do ministério baseado em indicadores de 201 que apontava a saúda do Rio como a pior entre as capitais.
— Tudo passou. Ninguém quer briga — disse o ministro, que não quis comentar a reforma reforma ministerial que a presidente Dilma deve fazer nas próximas semanas.
O governador Sérgio Cabral também desceu a pista para acompanhar o desfile da Unidos da Tijuca. Antes dos problemas da escola, o governador elogiava Paulo Barros e disse que desejava que a Mangueira comprasse o seu passe. Ao cumprimentar o presidente da escola Fernando Horta, Cabral revelou que o dirigente pediu seu apoio para presidir o Vasco a partir de 2014.
Fonte: O Globo online