Tem gente que não consegue trabalhar sob pressão. Não é o caso do apoiador Carlos Alberto. Parece que, quanto mais peso em suas costas, mais o vascaíno se fortalece. Em campo, tem sido assim. Após alguns anos em baixa como mero coadjuvante, o jogador começou 2013 como o astro de um time repleto de caras novas e, na sua maioria, desconhecidas. E não é que voltou a brilhar?
Sem fazer comparações com o nível técnico do time, tampouco com o momento do clube, mas a situação atual lembra bastante a de 2009, com Carlos Alberto colocando a bola embaixo do braço, tentando resolver os jogos e liderando o grupo. Algo que não conseguiu fazer, por exemplo, na temporada passada, quando voltou ao Vasco e foi reintegrado, no meio do ano.
Talvez seria até mais fácil para ele brilhar em 2012. Escorado em ídolos como os meias Felipe e Juninho, teria menos responsabilidade e, consequentemente, mais tranquilidade para trabalhar. Mas não foi o que aconteceu. Tudo bem que a parte física teve lá sua influência, mas o camisa 10 parecia ofuscado.
Atualmente, no dia a dia, é facilmente perceptível o quanto o apoiador cruz-maltino tem influência no grupo. Está sempre orientando, dando toques e incentivando os companheiros, como fazia quatro anos atrás.
Nas rodas de oração, antes dos jogos, também é um dos que mais fala com o time, ao lado do volante Wendel, um dos mais experientes.
Com a bola rolando, mantém essa postura de líder. Dá bronca, mas também sabe incentivar. No sábado, contra o Fluminense, deu até abraço em um de seus companheiros, visivelmente abatido após uma jogada errada no clássico.
Na parte técnica, mais solto nesta temporada, Carlos Alberto tem sido o principal articulador das jogadas, algo que cansou de fazer em 2009 e no início de 2010. Até mesmo quando prende a bola demais, algo que já fora apontado como defeito, tem ajudado o time, que, sem ele, sofreu para cadenciar o jogo nas rodadas contra Flamengo e Bangu. É, hoje, essencial para a equipe.
Fonte: Lancenet