Carlos Alberto deu velocidade e prendeu a bola nos momentos certos no clássico

Domingo, 10/02/2013 - 09:01

Durante a última semana, um dos principais assuntos em São Januário foi a importância da volta de Carlos Alberto. E por consequência, a falta que o meia fez nas duas derrotas seguidas no Campeonato Carioca. O camisa 10 retornou ao Vasco, e se não conseguiu ser decisivo, ao menos transformou o time no empate em 1 a 1 com o Fluminense, no último sábado.

Assim como nas três primeiras rodadas, o Vasco iniciou o clássico em estado de alerta máximo, ao contrário das duas últimas rodadas, nas quais mostrou certa apatia em alguns momentos. Carlos Alberto a todo momento orientava seus companheiros no gramado do Engenhão e imprimia velocidade e cadência nos momentos necessários. Era a experiência que Gaúcho tanto queria ver na equipe.

Carlos Alberto soube até mesmo usar a favor do Vasco o que muitos julgam ser seus maiores defeitos. Em alguns momentos o camisa 10 prendeu a bola: era preciso alguém para cadenciar o jogo e escolher a melhor jogada para vencer a defesa do Fluminense. Ele também abusou do jogo de corpo e do cotovelo levantado: sem ser violento, trombou com a marcação e brigou pela bola, mostrando que aquela equipe em formação e repleta de novatos poderia competir de igual para igual com o atual campeão brasileiro e carioca. O cartão amarelo que levou foi por reclamação, já no fim da partida.

Ele estava ali nas duas vezes em que o Vasco balançou a rede no primeiro tempo. Aos 16 minutos, deu o passe de cabeça para Tenorio marcar o gol, mas a arbitragem anulou, apontando toque de mão do equatoriano. Além disso, o meia estava em posição de impedimento. Aos 42 minutos, Carlos Alberto se posicionou para complementar o desvio de cabeça de Tenorio após cobrança de escanteio. Mas Jean se antecipou e fez o gol contra antes que o meia vascaíno pudesse marcá-lo.

Na segunda etapa, Carlos Alberto mostrou queda de rendimento físico, muito por conta do tempo que ficou parado se recuperando de um estiramento na coxa esquerda. Além disso, passou a apostar mais nas jogadas individuais, diminuindo seu nível de produtividade. Mesmo assim, em nenhum momento deixou de lutar e transmitir aos seus companheiros o espírito necessário para tirar o Vasco da sequência de resultados negativos. A atuação foi mais do que aprovada pelo técnico Gaúcho.

- Nas vezes em que eu dirigi o Vasco, ele sempre me ajudou. Peço a Deus que ele não tenha mais contusões, porque em forma, ele ainda vai nos dar muitas alegrias. O Carlos Alberto joga em alto nível e não tem por que não pensar em Seleção. A única coisa que ele precisa é estar bem para aguentar a sequência de jogos - disse.

Fonte: GloboEsporte.com