A geração 96 do Vasco sempre foi considerada uma das melhores do Brasil pelo fato de ter jogadores de bastante qualidade, como os laterais Lorran e Foguete, o meias Danilo e Matheus Índio e o atacante Thiago Mosquito. O sucesso do cruzmaltino nessa categoria de idade fez com que muitos clubes passassem a cobiçar suas promessas.
O atacante Thiago Mosquito, artilheiro do Sul-Americano sub-15 em 2011, foi a primeira joia a deixar São Januário. Insatisfeitos com o rumo das negociações, os responsáveis pelo atleta resolveram não aceitar o contrato proposto pelo Gigante da Colina e passaram a oferecê-lo para diversos clubes do futebol brasileiro. Vários recusaram e Mosquito acabou indo parar no Atlético Paranaense, clube que defende até hoje.
Antes de acertar com o Furacão, o atacante quase fechou com o São Paulo. Na época, o diretor das categorias de base do Tricolor, René Simões, tomou conhecimento dos detalhes da negociação envolvendo o jovem e o Vasco e resolveu desistir da contratação.
Curiosamente, alguns meses após a saída de René, o clube paulista foi acusado de aliciar uma outra promessa da vascaína, o lateral-direito Foguete. Embora negue ter aliciado Foguete, conforme divulgou o jornalista Dassler Marques, do Portal Terra, o São Paulo admite ter o interesse de contratá-lo.É importante lembrar que a saída de Foguete ocorreu por conta de uma ordem judicial.
Vasco aposta em 'pacto de ética' para recuperar promessas
O Vasco não pretende desistir de contar com Foguete e Mosquito em seu elenco. Para isso, o clube de São Januário tem buscado formas de reverter as situações e trazê-los de volta. O caso do atacante Thiago Mosquito está nas mãos do diretor-executivo René Simões, enquanto o do lateral nas mãos do Departamento jurídico:
- A situação do Mosquito não está mais conosco. Agora quem trata disso é o René. A questão do Foguete está nas mãos do jurídico. Temos também a questão da Associação dos clubes que existe hoje, onde o código de ética firmado não autoriza a contratação de jogadores que não tenham liberação do seu último clube. Tivemos uma quebra de conduta por parte do Atlético Paranaense. Vamos aguardar essa questão do Foguete para ver o que acontece - afirmou Mauro Galvão ao 'Só dá Base/Só dá Vasco'.
Ao lado de René Simões, o ídolo cruzmaltino luta para que o pacto de ética feito pelos principais clubes do país seja respeitado. Nesse pacto, o 'rouba-rouba' de jogadores abaixo de 16 anos é proibido. Quem desrepeitá-lo corre o risco de ser punido, como aconteceu com o Atlético Paranaense. A contratação de Mosquito fez com que o Furacão fosse afastado de algumas competições nacionais e só fosse autorizado a disputar a Copinha sem a presença do ex-atleta do Vasco
Técnico do juvenil lamenta saída de Foguete
Ainda não há prazo para resolução do problema, mas já há em São Januário uma corrente que torce pelo retorno de ambos os jogadores. Uma das pessoas que gostaria de ver Mosquito e Foguete novamene em São Januário é o treinador da equipe juvenil, Cássio Barros.
Após declarar que lamentou bastante a saída do atacante (relembre), o técnico exaltou as qualidades do lateral-direito e afirmou que está torcendo por sua volta:
- Eu como treinador e torcedor lamento muito a situação. Eu não tinha conhecimento da situação, até porque o Foguete foi valorizado pelo Vasco por tudo que fez e produziu. O Vasco fez um contrato com ele diferente dos demais, valorizando o atleta. Até mesmo por isso foi um surpresa essa saída do Foguete da forma que foi. Vai ser difícil também a gente encontrar um lateral com as características do Foguete. A gente torce para que o Vasco consiga reverter a situação do Foguete e ele volte para nos ajudar - afirmou com exclusividade.
Com informações do programa 'Só dá Base/Só dá Vasco'
Fonte: Blog do Carlos Gregório Jr - Supervasco