Flamenguista, ex-árbitro que apitou finais do Vasco relembra histórias

Quinta-feira, 31/01/2013 - 16:03

O amor pelo Flamengo está na árvore genealógica. Pai de três filhos, o carioca Aloísio Viug, ex-árbitro, garante que deu duas opções aos herdeiros: ou seriam flamenguistas, ou rubro-negros. Durante a sua carreira de 16 anos no futebol profissional (1986 até 2001), com um bom período fora dos principais jogos, não conseguiu atingir o objetivo de chegar ao quadro da Fifa como seu pai, o vascaíno Antônio Viug, e, consequentemente, não participou da tão sonhada Copa do Mundo. Mas viu de perto algumas decisões. Inclusive de seu clube de coração.

Em uma delas, deixou de ser um simples espectador na tribuna de honra para virar um dos protagonistas dentro das quatro linhas. Depois de três anos sem apitar partidas oficiais (1997, 1998 e 1999) - segundo o próprio árbitro -, voltou ao Campeonato Carioca em 2000. Participou de apenas dois jogos durante os dois turnos (Taça Guanabara e Taça Rio). Na decisão, não passava pela sua cabeça ser escalado para o duelo que terminaria 2 a 1 a favor do Fla diante do Vasco. Tanto que na primeira partida era apenas mais um entre o público presente.

- No primeiro jogo, que o Flamengo venceu por 3 a 0 (o Vasco), eu estava na tribuna vendo a partida. Nem sabia que ia apitar o (segundo) jogo. Estava lá vendo. Encontrei dirigentes do Vasco, do Flamengo, falei com todo mundo. Só depois fiquei sabendo que ia apitar a decisão. Nem questionei, não falei nada. Vou apitar, vou apitar. O que importava para mim era isso - recorda Aloísio Viug, hoje aos 58 anos.

Doze anos depois, ainda sem entender o motivo da escolha, ele tenta juntar os fatos. Achar uma justificativa segue como interrogação para o árbitro.

- Ninguém me disse nada. E minha escalação saiu no apagar das luzes. Acho que sexta-feira à noite que foi confirmada. O presidente da federação (do Rio de Janeiro, Eduardo Viana) parece que exigiu um documento com a assinatura dos dois presidentes (Edmundo Santos Silva e Antônio Soares Calçada). O documento chegou tipo 18h, 18h e pouca, e aí foi quando divulgaram oficialmente - lembra.

Viug diz que outros árbitros estavam bem e poderiam apitar a decisão, mas acha que a sua experiência pode ter pesado. Reconhece que ficou surpreso e que, após um tempo parado, estava acima do peso.

Com a bola rolando, precisou acalmar os ânimos. Principalmente nas faltas.

- Esse jogo teve muita falta. Mas não foram faltas para expulsar. Segundo a imprensa, foram 60 e poucas. Numa jogada na lateral, o Felipe estava com a bola dominada, e o Maurinho veio por trás tentando tomar, e toda hora tocava na perna dele. O Felipe com a bola dominada, eu falei: “Joga, joga, joga”. Ele perdeu a paciência com o Maurinho e deu um tapa, e expulsei os dois. Comecei a segurar o jogo para que não tivesse mais expulsões.

Viug não contava com uma atitude de Beto. Ou melhor, passou a entender as intenções de repetidas perguntas do meia rubro-negro somente no fim da partida. Com a larga vantagem conquistada no primeiro jogo, a sede de vingança falou mais alto. No último jogo do primeiro turno, Pedrinho havia provocado o rival com embaixadinhas na partida que terminou 5 a 1 para os cruz-maltinos. Beto não se segurou na revanche.

- Em determinado momento do jogo, o Beto virou para mim e perguntou: “Viug, quanto tempo falta?”. Olhei para ele e falei: “Pouco mais de 25 minutos”. Depois ele perguntou de novo. Falei: “Faltam 20”. Em um VT do jogo, ouvi o cara falando na transmissão que eu estava morto, pois toda hora olhava para o relógio. Mas eu não estava morto, o Beto é que estava me perguntando. E na terceira vez em que ele perguntou me veio à cabeça o jogo passado, em que o jogador do Vasco (Pedrinho) fez embaixadinha. Pensei: “Esse cara vai fazer isso”. Na minha cabeça veio: “Vai cagar meu jogo”. Quando perguntou de novo, faltavam cinco minutos. Ele pediu a bola para o Clemer (goleiro do Fla) na lateral. Quando vi a bola chegar no pé, esqueci dele. Olhei para o time do Vasco. E não queria deixar ninguém encostar no Beto. Se encostassem, a briga ia lamber, e o culpado seria eu. Veio um jogador do Vasco partindo para cima, e falei: “Deixa ele jogar, deixa ele jogar”. Responderam: “Viug, é sacanagem”. Ele fez umas três embaixadinhas e tocou para a frente. Depois passei do lado dele e falei: “Beto, você quer acabar com a minha arbitragem? Quer me sacanear?”. Ele falou: “Viug, você não viu no outro jogo?”. Falei: “Está bom, mas acabou”. Aí, naqueles minutos finais, corri mais ainda.

O outro lado em 88: 'Viug, quer uma cocadinha?'

Como nem tudo são flores, Viug também apitou um dos títulos mais expressivos do Vasco sobre seu time. No dia 22 de junho de 1988, um empate garantiria o título estadual aos cruz-maltinos. Viug, que já havia apitado Vasco 3 x 1 Flamengo no terceiro turno e o primeiro jogo da decisão (Vasco 2 x 1 Flamengo), foi para o campo desenvolver sua função, naquela profissão que aprendeu e herdou do pai. Não contava é que Cocada, que entrou aos 42 minutos, acertaria o chute aos 44. E ainda seria expulso por tirar a camisa e comemorar na frente dos adversários.

- Quando acabou a decisão em 88, todo mundo sabia que eu era flamenguista. E mais ou menos durante uns 10, 15 dias, em todo lugar que eu ia, o cara perguntava: “Viug, quer uma cocadinha?”. Desculpa o termo, mas era para me sacanear, porque sabiam que eu era flamenguista. Esse lance ficou marcado para mim - contou.

Esta não foi a primeira vez em que ele recebeu a incumbência de comandar o Clássico dos Milhões numa final. No primeiro ano como árbitro dos profissionais (1986), diante de 89.203 pagantes, foi para o campo com a tensão do primeiro jogo da decisão estadual, que terminou 0 a 0 - desta vez, no fim deu Flamengo campeão, mas o último jogo teve Roberto Costa no apito.

Mas o peso não foi o mesmo do jogo de 1988. A importância da partida fez Viug até acrescentar um minuto para poder chegar perto da bola. Depois de uma confusão entre Romário e Renato Gaúcho, ele expulsou os dois e levou junto Paulo César Gusmão e Alcindo, envolvidos na briga, além de Cocada anteriormente. Com ânimos controlados, deu prosseguimento ao confronto.

- Ficou naquela de vai começar, não vai começar. Encostou um dirigente do Flamengo perto de mim e disse: “Quero ver se vai dar desconto”. Eu falei assim: “Não vou dar desconto. Não sou loja de eletrodoméstico. Vou dar desconto pelo tempo parado”. Dei de acréscimo sete minutos. Depois esperei mais um minuto porque eu queria a bola. Aí teve uma jogada que eu estava bem próximo, e tinha o Geovani e o Andrade, dois jogadores para quem eu havia pedido a camisa antes do jogo. A bola ficou no pé do Andrade, com o Geovani marcando, e eu apitei. Eles perguntaram o que foi, e eu falei que não foi nada: “Acabou o jogo, me dá a bola e tira a camisa...”. O Geovani tirou na hora, já estava ganhando o jogo. Ele virou para o Andrade e falou assim: “Agora quero ver se você vai dar a camisa” - conta, lembrando que de fato ganhou a camisa de Andrade.

Viug tem a sua conta pessoal. Segundo ele, foram 12 clássicos entre Flamengo e Vasco apitados, com seis vitórias cruz-maltinas, quatro rubro-negras e dois empates. Mas o fato de ter revelado para a imprensa ainda na década de 80 de qual clube era fã rendeu até alguns pedidos curiosos.

- Meus amigos flamenguistas, sabendo que sou flamenguista, sempre falavam: “Viug, nós vamos ganhar”. Sempre pediam uma ajuda. Mas eu não dava ajuda para ninguém. Ganharia quem tivesse que ganhar. Se ganhasse o meu Flamengo, eu ficaria feliz. Se não ganhasse, eu ficaria triste. Mas não mudaria minha vida.

O ídolo Zico

Se o resultado final não era algo tão valioso, no exercício da profissão um encontro deixava o ex-árbitro com o lado torcedor aguçado. O ídolo Zico estava debaixo dos olhos do fã.

- Apitei o último jogo do Zico, no Fla-Flu (relembre, no vídeo ao lado, a goleada de 5 a 0 para o Flamengo, no dia 2 de dezembro de 1989). E no jogo você tem várias bolas. Quando o Zico saiu, dei a ele a bola que estava em jogo. E o jogo prosseguiu com outra bola. Essa ficou comigo. Foi uma recordação. Às vezes as pessoas falam: “Isso é mentira. A bola está lá (no museu do CFZ)”. Mas o jogo não tem uma bola só. A que acabou o jogo ficou comigo. Mas quando ele saiu, a que ele fez o gol, é dele - explicou Viug, que doou a peça para o Museu Flamengo no fim de 2012, assim como a da final de 2000.

É uma recordação que o próprio Zico guarda na memória com carinho.

- Naquele período eu não sabia (que ele era flamenguista). Mas a grande lembrança que tenho de quando ele era juiz foi quando ele me deu a bola no meu jogo de despedida. Foi bacana. Mas só depois que fui saber que ele era flamenguista. E acho que sempre foi profissional. Sempre tive um bom relacionamento com todos. Sempre respeitei e nunca usufruí da amizade. Sempre tentei fazer de tudo para ajudar o árbitro em campo - disse o Galinho

Zico se emocionou com a despedida. E o árbitro também.

- Me emocionou o jogo inteiro. Eu já fui para o jogo emocionado pela honra de estar participando do jogo de um cara que era meu ídolo. Tenho guardada até hoje uma foto que saiu na imprensa. Na hora em que eu marco a falta, está o Zinho de um lado e ele do outro. Dali sai o gol dele. Para mim, foi uma honra estar ao lado dele. E o ruim disso tudo foi não poder pedir um autógrafo. Mas eu participei do momento que para ele foi de extrema felicidade - disse.

Em 1988, um ano antes, Viug teve outro encontro com o Galinho. Durante uma partida na Gávea, sem lembrar especificamente a data e o adversário, ele detalha o presente que recebeu.

- Durante o jogo, eu pedi ao Zico a camisa, e ele falou: “Quando acabar o jogo você vai lá no vestiário”. Acabou o jogo, fui no vestiário do Flamengo, ele perguntou o nome do meu filho, e tem lá a dedicatória para ele. Meu filho tinha dois anos e hoje está com 26. Essa blusa tem 24 anos, ela vale muito. Ele colocou num quadro, porque é Flamengo, assim como meus outros dois filhos. Eles torcem para o Flamengo, mas eu não obriguei. Eu deixei eles escolherem entre ser flamenguista ou rubro-negro. Foi a opção que dei a eles.

Viug e as redes sociais

Aposentado como professor de Educação Física, o ex-árbitro é alvo de brincadeiras constantes no Facebook. Em seu perfil, inclusive, existem imagens compartilhadas de provocações aos rivais. Mas tudo que vai, volta.

- Até hoje (pegam no pé). Se você entrar no Facebook, colocam lá: “Viug, lembra disso?” (se referindo ao gol de Cocada). É o tempo todo. E às vezes vascaínos começavam a entrar no meu Facebook para me ofender. Levo numa boa. Hoje em dia tenho milhões de amigos vascaínos. Sacaneio todo mundo. Mas quando sacaneiam o Flamengo, eu vou e curto. Tem uns que compartilho. Penso: sou flamenguista, mas essa tenho que compartilhar. Acho que o Facebook é isso, para as pessoas interagirem numa boa.

Reconhecendo erros, Viug ainda fez um mea-culpa.

- Errei tanto quanto os árbitros que estão aí. Errei até mais que eles. Mas não tínhamos os dedos-duros (câmeras) que mostram tudo hoje. Hoje em dia um pé coloca em impedimento. Mas isso para o olho humano é complicado... É mais fácil falar que o cara roubou, que é ladrão, em determinados casos. O árbitro serve como desculpa.

Veja outros causos do árbitro no mundo do futebol

Quando Bebeto “virou a casaca”

Acostumado a conviver com os atletas, Viug não destacou nenhum problema por ter revelado ser flamenguista. Exceto com um jogador:

- Para falar a verdade, só com o Bebeto. Quando ele jogava no Flamengo sabia que eu era flamenguista. Quando foi jogar no Vasco, uma vez numa jogada ele falou: “Ah, esse cara é flamenguista”. Fazer o quê? Eu sou, né? Não respondi, não falei nada. O cara sabia. Eu não podia dizer que ele estava me ofendendo, porque era uma realidade. No Flamengo nunca falou nada, ficava na dele.

Um pedido inusitado

No dia 20 de julho de 1986, quando Viug estreou no futebol profissional, foi escalado para um jogo entre Fluminense e Vasco. Romerito fez o gol tricolor, mas o empate viria em um lance que mexeu com o ex-árbitro. Roberto Dinamite empatou de pênalti, mas...

- Teve um Vasco x Fluminense em que marquei um pênalti em cima do Romário. Ele sofreu a falta fora da área, foi agarrado. O cara agarrou e largou, o Romário seguiu e quando viu que não tinha mais como fazer o gol, ele tocou a bola e se jogou por cima do goleiro do Fluminense. Na hora eu achei que foi pênalti e marquei. Correu todo mundo para cima de mim, o goleiro do Fluminense (Paulo Victor) me olhou e falei: “Desculpa”. Ele parou e ficou me olhando. Não me lembro nem o nome do goleiro. Na hora de cobrar o pênalti, eu pedi a ele para agarrar. E ele falou: “Já viu quem vai bater?”. Olhei para trás e era o Romário (na verdade, foi Roberto Dinamite). Pensei: “Danou-se, né?”.

Educação do ídolo

Sempre emocionado ao falar de Zico, Viug lembra que nem palavrão o craque era capaz de falar para ele:

- Me lembro de um Fla-Flu no Maracanã em que errei, não marquei um pênalti, e o Zico foi até o meio-campo conversando comigo. Falou assim: “Poxa, Viug, foi pênalti”. Ele falou “poxa”. Antigamente e hoje em dia não se fala isso. É uma palavra que não é normal entre os jogadores.

Dois cartões amarelos e nada de expulsão

Valdir Bigode foi reclamar de um escanteio marcado, duvidou do árbitro e levou um outro cartão amarelo. Mas não foi expulso de imediato:

- Em um Vasco x Fluminense (6 de junho de 1993, pelo Campeonato Carioca), eu dei um cartão para o Valdir (Bigode). No segundo tempo, eu marco um córner e ele vem do meu lado: “Não foi córner, você está de sacanagem”. Eu falei: “Valdir, sai daqui que eu vou te dar um amarelo”. Ele respondeu: “Vai dar nada”. Eu meto a mão no bolso e dou amarelo. Só que eu anotei no meu cartão, em vez de nove, erradamente botei dez de 10 minutos e esqueci de botar o número dele. O time do Fluminense partiu inteiro para cima de mim. Foi o único cartão do jogo. Falei: “Eu dei o cartão para o 10”. E segue o jogo. O Marcanã virou uma panela de pressão. A imprensa ia para a lateral querendo me entrevistar, e eu voltava para o meio. E ficava sem entender. Isso deve ter sido aos 29 minutos, quase 30. Lá pelos 38 minutos, tem uma substituição. Eu paro o jogo e o (árbitro) reserva não deixa o cara entrar. O bandeira me chama, me chama. Fui lá. E ele disse: “Não, Viug, acho que você deu dois cartões para o Valdir”. Aí eu cá comigo: “O cara me chama aqui para dizer que acha”. Falei: “Vem cá, você acha ou tem certeza? Porque anotei número 10”. Aí o reserva falou: “Não, Viug, foi para o 9”. Virei as costas, fui em direção ao Valdir, e o Geovani chegou do meu lado perguntando se ia expulsar. Disse que não tinha o que fazer. Ele veio falar comigo e eu disse: “Você já jogou sem estar podendo. Vai embora”. Já imaginou se o cara faz um gol? Não foi a única vez que dei dois cartões para um jogador, nem fui o único árbitro a fazer isso. Mas quando é na vitrine, que todo mundo vê, dá nisso que deu.

Arquibancada abaixo

Com um pedaço da arquibancada do estádio caído, o árbitro seguiu o jogo entre Cabo Frio e Flamengo. Segundo o próprio, voltava a apitar depois de três anos:

- Em 2000 fui apitar Cabo Frio x Flamengo (9 de abril, estádio Alair Correia), foi um jogo que caiu um pedaço da arquibancada. O delegado da partida falou que não podia ter jogo. E eu falei: “Meu irmão, você manda até três horas antes do jogo. Depois disso quem decide e manda sou eu”. Peguei o chefe do policiamento, fui lá ver quem era o chefe da torcida do Flamengo que estava naquele pedaço e falei: “Olha, vou dar o jogo”. O estádio estava lotado, não tinha mais risco de cair nada. O que tinha que cair já tinha caído. E disse: “Vocês vão ficar aí. Se alguém der um passo para frente, eu suspendo o jogo. Aí vou culpar a torcida do Flamengo, e o Flamengo perde os pontos”. Apitei o jogo numa boa e foi 0 a 0.

Massagista pega pesado

Antes da decisão entre Flamengo e Vasco em 2000, o massagista resolveu fazer o aquecimento e Viug quase não aguentou:

- Naquele jogo (Flamengo 2 x 1 Vasco, em 2000) eu quase morri. Tinha um massagista que era fisioterapeuta e ele resolveu fazer um aquecimento. E eu nunca fiz aquecimento na minha vida. Em determinados campos, tinha um massagista que tinha um líquido que ele chamava de pimentinha. Ele passava na perna da gente. Eu entendo o seguinte: você pode até fazer um alongamento, mas o jogo começa cadenciado, não começa correndo. Não daria nenhum pique no início do jogo. Que eu fizesse um alongamento, tudo bem, mas não precisava me aquecer. Rapaz, o cara botou os bandeiras e eu no túnel dos árbitros (do Maracanã). E ali não tem ventilação. E ele: “Vamos, Viug!”. E eu: “Vou morrer aqui dentro, cara”. Tinho que correr, mas não era ali. Entrei em campo bufando, quente para caramba, mas o jogo não acompanhava meu ritmo. Eu comecei fervendo, e o jogo começava frio.

E o apito parou

Encantando com a qualidade apresentada por seus ídolos, o ex-árbitro se rendeu ao bom futebol:

- Tem hora que você admira. Uma vez apitei um amistoso de jogadores antigos que guardei o apito no bolso. Os caras não faziam falta e a beleza das jogadas dava vontade de bater palma. Além de árbitro, eu sou formado em educação física, fiz curso de técnica de futebol. Então, eu tenho uma visão do jogo não como árbitro, mas de uma forma geral. Às vezes eu estava em campo e me dava vontade de falar: “Toca ali na esquerda, o cara está sozinho. Vira o jogo”. Eu estava vendo que o cara estava enrolado com a bola.

Aloísio Viug posa para foto com as camisas dos clubes finalistas em 2000


Bola da decisão em 2000 é recordação para o juiz


Fonte: GloboEsporte.com