Equilibrados entre a ansiedade e a excitação pela primeira vez, sempre inesquecível, nove jogadores vão experimentar o frio na barriga de disputar um Vasco e Flamengo, nesta quinta-feira, às 19h30, no Engenhão. Para guardar as melhores recordações, não pode tremer na hora H.
Do lado vascaíno, seis atletas vão perder a virgindade no Clássico dos Milhões: Alessandro, André Ribeiro, Fillipe Soutto, Pedro Ken, Jhon Cley e Leonardo. Em comum, eles têm o sonho de conquistar o coração dos torcedores. E um bom desempenho nesta quinta-feira será o primeiro passo.
“É um jogo em que se define um atleta de Vasco ou de Flamengo. Esse clássico dá ao atleta uma chance de provar para ele mesmo que é um jogador em nível de um grande clube. Tem de se ter uma participação e um equilíbrio muito grandes porque a cobrança é imensa”, disse o técnico Gaúcho, para quem o sucesso ou o fracasso no clássico fica gravado para sempre.
“Qualquer coisa que acontecer de ruim o atleta fica marcado, mas, se fizer algo de bom, é visto de maneira positiva. É um jogo que você joga com tudo”, emendou.
O Rubro-Negro tem um time mais rodado. Somente três jogadores que serão titulares não disputaram um Vasco e Flamengo: os recém-contratados João Paulo e Elias, além de Rafinha, cria da base, que ainda não enfrentou o adversário nos profissionais. Para Elias, a rivalidade é muito prazerosa.
“Por mim, só teria clássicos. É mais gostoso, motiva”, disse o volante, que lembrou ter retrospecto de gols em clássicos.
Para o técnico Dorival Júnior, quem veste uma das duas camisas que se enfrentam nesta quinta precisa estar pronto para isso: “Pedi a eles que tenham tranquilidade, mas que não deixem de ter a personalidade para um jogo dessa importância. Alguns desses jogadores (dos dois lados) já jogaram o clássico na base e têm ideia do que representa. Quem está chegando vai conhecer. O profissional tem que estar preparado para um momento como esse”.
O treinador se preocupa com a badalação sobre Rafinha. No treino desta quarta, gritou quando o atacante tentou fazer um gol de cobertura: “Também vale gol feio”. E acrescentou:
“Quando o foco se volta para o jogador, ele não pode se envolver no oba-oba. Com um garoto, isso é mais contundente”, analisou o técnico rubro-negro.
Fonte: O Dia online