Na noite dessa terça-feira (22/01), o ídolo Pedrinho participou do programa 'Só dá Vasco'. Na oportunidade, o ex-jogador falou sobre o seu jogo de despedida e revelou o que sentiu no dia do jogo contra o Ajax. O eterno carrasco rubro-negro também comentou sobre a possibilidade de voltar ao Vasco no futuro como dirigente.
Confira a entrevista:
Sobre a felicidade do jogo de despedida
"O ano de 2008 foi um ano muito estranho e não sei porque muitas coisas aconteceram. Fiquei muito feliz com esse momento que tive agora, de poder rever os torcedores e jogar uma despedida. As pessoas não têm noção do que aconteceu na minha vida após auqele jogo em termos de sentimento. Passe a ter noção da importância que eu tive para o Vasco".
O que você poderia falar sobre a despedida?
"Para mim aquela festa foi um coisa realmente marcante, umas das coisa mais emocionantes que vivi na minha vida pessoal e profissional. Meu filho estava no estádio e me viu jogar. Isso foi muito bom, pois quando eu jogava ele era novo e não entedia nada. Vê o torcedor ali num dia de verão não teme prço. Dificil encontrar palavras para dizer o que senti. Tenho uma história que criei, pois comecei no Vasco, sou vascaíno e encerrei no time do coração. Isso não tem preço".
O convite feito pelo Dinamite, que queria te ver jogando em 2013, mexeu com você?
"Isso mexeu comigo e quando você recebe elogios sempre bom. São coisas que mexem com você. Comecei a pensar que fui bem mesmo treinar, sem ter feito uma grande pré-temporada. Eu pensei nisso, mas o bom senso prevaleceu. Prefiro deixar a saudade no torcedor do que deixar qualquer outro tipo de sentimento, como não ir bem no Campeoanto Carioca e não jogar tão bem. Tenho muito respeito pelo torcedor. Penso em voltar e não jogar bem, o que pode apagar a tudo que vivi naquela despedida".
Você aceitaria trabalhar no Vasco? Onde você acha que poderia ajudar?
"Sempre deixei bem claro que estou disposto, estou muito disposto, a ajudar o Vasco no que for preciso. Isso é questão de conversa e convite. O Vasco possui profissinais competentes em grandes áreas, mas isso é um coisa que pode ser conversada. Penso em fazer parte da comissão técnica profissional e trabalhar na ligação entre o profissional e o amador. Mas tudo tem seu tempo e se isso tiver que acontecer num dia vou ficar muito feliz, pois sei que estarei contribuindo com o Vasco".
Qual o momento mais marcante que você viveiu no Vasco?
"Foram muitos, mas foi a conquista da Libertadores".
Você mudaria algo na sua carreira?
"Eu não imaginava minha vida de forma diferente. Se pudesse renascer, queria viver tudo de novo. Eu ia para São Januário duas vezes no dia e muitas vezes sem dinheiro. Todo esse esforço foi recompensado não só com títulos, mas também com o carinho do torcedor. Sempre fiz tudo para não magoar o torcedor e acho que consegui".
O que você sentiu ao ver aquele bandeirão feito pela torcida vascaína?
"Entrar no Estádio e ver aquele bandeirão foi algo inacreditável. Só quando sentei no banco tive noção. Fiquei me perguntando se merecia aquilo tudo".
Foi díficil segurar a emoção? Em que você se sinpirou quando chegou ao Vasco?
"A gente tenta se preparar, porque tinha o compromisso do jogo. Tinha que me preparar emocionalente para ir tudo bem, até porque o Vasco tava em campo e em preparação. Se a gente tem um jogador em campo que não tá bem podia prejudicaro time. Tentei me controlar ao máximo e para mim foi um grande momento.Queri que meu pai estivesse ali, mas infelizmente ele não estava presente de corpo, mas com certeza de alma estava. Meu grande ídolo era o Mauricinho. Eu sai do salão e via o Maurcinho. Por ser pequeno e jogar muito, ele sempre foi meu ídolo. Foi por muito tempo".
Não tem jeito de você voltar mesmo?
"Gosto muito de respeitar o sentimento das pessoas. Foi tão bonito o que vivi que não quero colocar em risco. Os jogadores que lá estão vão conseguir fazer um bom papel na temporada. O Vasco vai surpreender nessa temporada".
Sobre a despedida ter emocionado a todos
"Foi muito lindo. Realmente a gente fica em dúvida. Ficava me perguntando como seria recebido e se o estádio estaria cheio. Aquilo foi uma emoção tremenda. Brinquei e disse que queria o jogo de despedida todo final de semana. Eu me senti muito realizado, muito mesmo. O que tinha para cumprir, eu cumpri. Tenho que agradecer muito a Deus, porque você ser homeageado e ter todas as pessoas que você gosta presentes é muito bom. Quando a gente para de jogar fica meio esquecido e parece que o mundo acabou. O jogador fica triste por não ter aquele compromisso, não conviver com pressão. Quando você recebe uma homenagem como aquele é revigorante".
Fonte: Só Dá Vasco/Supervasco