O show vai começar neste sábado, mas os grandes palcos do Carioca enfrentam problemas. O público que irá ao Engenhão terá de lidar com as persistentes obras no entorno do estádio. Já a torcida que for a São Januário verá um gramado ainda longe do ideal para a temporada. Enquanto isso, o Maracanã terá suas obras concluídas em abril, na reta final da Taça Rio, e tem sua participação posta em sérias dúvidas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ).
O caso do Engenhão passa por cima dos muros do estádio olímpico. O estádio receberá dois duelos da primeira rodada do Estadual: Flamengo x Quissamã e Botafogo x Duque de Caxias. A Rio-Águas realiza operação para implantar uma nova rede de drenagem nas ruas do entorno do palco principal do Carioca. Um dos acessos à Linha Amarela, a Rua Dona Eugênia tem um trecho interditado até o dia 14 de fevereiro.
Administrador do estádio, o Botafogo lamenta a demora na conclusão das obras. Segundo o clube, a operação cria dificuldades no acesso ao Engenhão que têm gerado prejuízo aos cofres alvinegros. Palco dos jogos mais importantes do Carioca, a arena sofre com o trânsito de pessoas e de carros em dias de grandes públicos.
“O Botafogo compreende a importância daquelas obras, mas acreditamos que ela deveria estar pronta há seis meses. Não entendemos essa morosidade. Estamos tendo prejuízos por conta delas desde o último Brasileiro. O torcedor consegue sair do estádio com facilidade, mas muitas vezes fica preso no trânsito por conta dessas interdições”, ressaltou Sérgio Landau, diretor executivo do Alvinegro, ao UOL Esporte.
Já o Vasco tenta deixar o gramado de São Januário nas condições ideais para a temporada. No amistoso com o Ajax, no último domingo, a areia presente no campo saltou aos olhos dos espectadores. O vice-presidente de patrimônio, Manoel Barbosa, lamentou a marcação do jogo depois do início de uma reforma na grama do estádio.
“Não tem nada de errado com o gramado. O problema é que ele ainda não cresceu o suficiente para esconder a areia. Hoje (sexta-feira), ele já está bem melhor que no jogo contra o Ajax”, disse Barbosa ao UOL Esporte. “Essa partida não estava prevista quando entregamos o campo para a empresa que realizou a reforma. E nem esse jogo do Fluminense, no domingo, que também atrasará a chegada dele às melhores condições”, completou o dirigente, em referência ao jogo do Tricolor contra o Nova Iguaçu, às 17 de domingo.
O dirigente, no entanto, garante que o campo estará “perfeito” em vinte dias, apesar das imagens sugerirem um quadro mais complicado. Neste período, estão marcados para São Januário dois jogos: Nova Iguaçu x Fluminense e Vasco x Macaé. Depois, o estádio ficará sem partidas até o dia 3 de fevereiro, período em que o clube espera uma evolução notável no estado atual do gramado.
“O clima tem ajudado. Faz sol durante o dia e chove à noite. O gramado já está com 70% de suas condições. Mais quinze dias e estará perfeito”, projetou com otimismo Barbosa.
Maracanã praticamente descartado, mas eventos-teste são mistério
A mais tradicional casa do futebol carioca tem seu retorno marcado para este ano, mas dificilmente será no Estadual. Apesar da previsão inicial da conclusão das obras ter sido agendada para fevereiro deste ano, a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro já programa o término das operações para meados de abril e a entrega do estádio para a FIFA no dia 24 de maio, data limite estabelecida para as sedes da Copa das Confederações. Eventos-teste ainda não definidos terão que ser realizados neste intervalo, exatamente quando acontecem as finais do Carioca.
Já a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro aguarda uma definição e não descarta a possibilidade de utilizar o estádio ao término das obras. Em seu guia oficial, distribuído à imprensa na última quinta-feira, a entidade deixou em branco o espaço destinado para o local dos jogos finais do Estadual, nos dias 12 e 19 de maio. A CBF, no entanto, anunciou a reabertura do Maracanã para 2 de junho, quando a seleção brasileira recebe a Inglaterra em amistoso.
Fonte: UOL