O período em Pinheiral (RJ) fez bem não somente aos jogadores vascaínos. Ricardo Gomes voltou a respirar futebol. Mesmo que ainda fora da função que um dia almeja um dia retornar, o atual diretor técnico do time pôde voltar a trabalhar efetivamente com o que mais ama.
Mas não é à toa. Afinal, desde que iniciou o processo de recuperação do AVC, sofrido em 2011, Gomes sempre trabalhou para que, um dia, pudesse voltar a viver no mundo da bola. E conseguiu. Ele ficou cerca de um ano e meio afastado das atividades.
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- Tudo o que fiz em termos de recuperação era com um objetivo. Primeiramente, claro, recuperar a saúde. E ela está bem legal. E, depois, poder voltar ao trabalho. É o que sei fazer. Agora, respiro outros ares. Ares de felicidade - disse Ricardo Gomes.
O objetivo é ainda voltar a ser treinador. E não deixar de lado a sua recuperação. Assim como também não se desligar do futebol. Em Pinheiral, no CT João Havelange, fez pelo menos uma hora por dia de fisioterapia. Da sala de musculação, consegue ter uma visão frontal do gramado. Ele não quer deixar passar nada.
- Aqui pegam pesado. Tenho de fazer uma hora por dia de fisioterapia. Aqui, no caso, quando tem treino físico, vou para a academia. Mas sempre olhando o treino, algo que não dá para fazer em São Januário - explicou.
Gomes voltou ao Vasco no fim de 2012. Mas com o Brasileiro no fim e cheio de pepinos para resolver, ficou mais preso a reuniões do que à beira do campo. Hoje, porém, volta a ver o mundo na cor verde, do gramado.
Bate-Bola
LANCE!Net: A tarefa nessa pré-temporada foi mais difícil pelo grande número de mudanças no clube?
Ricardo Gomes: Sim, mas não isenta a responsabilidade de vitória. O torcedor vai reconhecer o time mesmo em um mês e meio, mais ou menos. O semestre do Vasco dependerá também de rápidas negociações.
L!Net: O Vasco conta com a volta de Bernardo. Ele voltou diferente?
RG: Não mudou, não. Continua ouvindo, mas tem de encontrar meios para fazer. Precisa encontrar isso para evoluir. Ele tem potencial, mas não tem constância. Ele precisa querer também e estamos aqui para ajudar.
L!Net: O principal nome do time hoje é o Dedé. Você teme perdê-lo? O Corinthians o quer...
RG: Soubemos do interesse antes do Mundial. Em dezembro, me reuni com o Roberto e isso já tinha sido equacionado. No futebol, as coisas mudam, mas hoje não tem nenhum perigo de perdê-lo. Acho difícil que saia para um clube do Brasil.
Fonte: Lancenet
