Um reunião na sede da Ferj nesta segunda-feira serviu para que os clubes do Rio e a própria entidade retomassem o planejamento para implementar um cadastro único de torcedores membros de organizadas. Como o processo demanda custos e o Carioca já começa no próximo sábado, os dirigentes se comprometeram em, no primeiro momento, colocar em prática a definição de um ponto de acesso exclusivo das facções aos estádios. O acesso será separado do torcedor comum.
Com a biometria como objetivo final, os cartolas pretendem criar uma identificação pessoal para cada torcedor cadastrado, na qual seria instalada um chip, e ainda criar um ingresso fixo a ser distribuído aos membros das organizadas em cada jogo, respeitando os 5% de percentual máximo previsto pelo regulamento do Carioca para a presença de facções nos estádios, levando em conta a capacidade máxima de cada um deles.
O projeto inicialmente será aplicado só aos quatro clubes grandes e depois será estendido aos de menor investimento. A esquematização começou em 2012. O detalhamento foi apresentado nesta segunda pelo diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau.
- Existe uma demanda oficial de cadastramento que vem de Brasília (Ministério do Esporte) e criamos um formulário que atende à demanda. Ele deve ser preenchido pelos membros da organizada. A Federação coordenaria esse cadastro, que teria uma fotografia. Os clubes teriam acesso só ao próprio cadastro na Ferj. Queremos também acabar com a forma tradicional de ingresso para as organizadas - afirmou Landau.
Para avançar no projeto, o grupo de trabalho formado pelos dirigentes já havia contactado ano passado a empresa Allen, que ficaria responsável pela tecnologia do processo. Para esta terça-feira já ficou marcada uma nova reunião com representantes da empresa e os dirigentes. Na ocasião será passada a estimativa de custo da operação. Além da Allen, o encontro vai contar com as companhias que confeccionam os ingressos dos clubes (Ingressofacil e Outplan) e do Gepe.
Com a definição do orçamento, os dirigentes vão buscar parceiros para financiarem o projeto.
- É um processo evolutivo - completou Landau.
Além de cumprir o regulamento, a ação dos dirigentes é para colocar em prática as sugestões feitas em um documento enviado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Fonte: Lancenet