Dedé dorme e acorda com propostas nos últimos meses. Cobiçado por clubes do Brasil e exterior, o zagueiro do Vasco mantém o foco na permanência em São Januário, mas admite que sondagens “mexem com a cabeça”. Em entrevista ao UOL Esporte, o camisa 26 revelou como acompanha o noticiário sobre a possibilidade de saída e contou que adotou o hábito de caçar rãs como uma estratégia para ignorar as especulações.
Natural de Volta Redonda, Dedé ainda cultiva manias da infância e tenta colocá-las em prática durante a pré-temporada na cidade vizinha de Pinheiral. Mas o tempo para soltar pipa e conversar com amigos está cada vez mais escasso para um dos jogadores mais valorizados do futebol brasileiro. Enquanto treina com o Vasco, ele admite que as propostas e rumores alteram o seu dia a dia.
“Fico feliz com tudo isso, pois já vivi muitas situações complicadas no futebol. Hoje vivo um momento de glória e felicidade. Essas especulações em grandes clubes da Europa mexem para caramba com o meu ego e minha cabeça. Fico sem palavras quando vejo o que passei e o que acontece hoje. Só tento trabalhar para as coisas continuarem no mesmo nível”, afirmou.
Para fugir do “olho do furacão”, Dedé viaja para a cidade natal e sai para caçar rãs com primos e amigos. Um hábito que tinha enquanto criança e voltou a praticar nas últimas férias. O hobby serve para esfriar a cabeça e manter a tranquilidade enquanto vê na imprensa especulações em clubes da Europa e, recentemente, no Corinthians.
“O meu avô foi criado em Santa Rita de Cássia e lá tem bastante rãs. O meu primo gostava muito e fui caçar depois de velho nesse período de férias. O maior prazer é comer a carne de rã. Acho a melhor que existe. Fiquei bastante tempo sem caçar, mas voltei. Não é o principal hobby, mas ajuda bastante a esfriar a cabeça. Uma situação boa, pois gosto de fazer coisas de moleque”, comentou.
Inclusive, Dedé quer aproveitar a natureza do CT João Havelange, concentração do Vasco em Pinheiral, para caçar rãs no momento de lazer dos jogadores. Ele cogita convidar os companheiros e já conversou com os administradores do local para conseguir autorização para a prática.
“Sempre vai um grupo. Um usa a lanterna e os outros fazem a caça. Aqui dá para tentar e já falaram que é só aparecer a oportunidade. O local tem um lago muito bom, adoro um ambiente desses e sempre venho para cá”, disse.
Focado na permanência em São Januário e referendado por René Simões e Ricardo Gomes, o zagueiro já pensa nas futuras convocações para a seleção brasileira sob o comando de Luiz Felipe Scolari. O apreço do treinador por defensores motiva ainda mais o “Mito” da torcida vascaína.
“Não sei o que falar sobre a comissão técnica nova. O Felipão é um grande treinador e tem bagagem. Vou trabalhar bastante para ter a oportunidade e fazer a minha parte. Se for bem, ele vai me convocar, pois conhece a parte defensiva e prioriza isso. Primeiro vou fazer um bom trabalho e depois ser convocado. O principal é manter um bom nível de jogo”, encerrou.